Os principais bancos do país iniciaram setembro cobrando mais caro para conceder crédito por meio de empréstimo pessoal e cheque especial. De acordo com a pesquisa da Fundação Procon-SP, nos dois casos, o reajuste acompanhou o movimento de alta da taxa básica de juros, a Selic.
Na média, o valor contratado em operações de empréstimo pessoal para um período de 12 meses teve como base de correção 5,27% ao mês, taxa maior do que a verificada em agosto (5,24%).
Entre sete instituições financeiras pesquisadas, a Caixa Econômica Federal foi a que fixou a menor taxa, de 3,51%, seguida pelo Banco do Brasil (4,46% ante 4,36%), o equivalente a uma alta de 2,29% sobre agosto último.
Ocorreram ainda pequenas elevações nos seguintes bancos: Santander (5,99% ante 5,91%) ou 1,35% acima do cobrado em agosto; no Bradesco (6,27% ante 6,23%) com alta de 0,64%. Já no Safra, foi mantido em 4,90%; no HSBC (5,77%) e, no Itaú, (6,02%).
Em relação ao crédito do cheque especial, o índice para o período de 30 dias subiu para 8,03%, ante 7,98% em agosto. A menor taxa foi encontrada também na Caixa (4,41%, ante 4,27%) e a maior, no Santander (10,09% ante 9,99%), com aumento de 1%.
No Banco do Brasil, o correntista passou a pagar 6,02% pela utilização desse dinheiro, ante uma taxa anterior de 5,91%, o que significa uma elevação de 1,86%. No Bradesco, o custo do crédito do cheque especial subiu de 8,86% para 8,90% ao mês, com alta de 0,45% sobre agosto. Nos demais bancos não houve alteração.
A Fundação Procon lembra que, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), entre os dias 27 e 28 de agosto, as autoridades monetárias elevaram a taxa básica de juros, a Selic, de 8,50% para 9% ao ano, na quarta alta consecutiva.
O Procon-SP acrescenta ainda que a ata do Copom sinalizou tendência de alta dos juros. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 8 e 9 de outubro.