Mobilização dos bancários exige respeito e emprego decente
O Sindicato dos Bancários de Campinas e Região realizou na manhã desta quinta-feira (24) manifestações em quatro agências do Itaú e Santander como parte da Jornada Internacional de Luta, que acontece nesta semana em vários países da América Latina para exigir respeito e emprego decente.
Os bancários dessas duas instituições reivindicam a assinatura de um acordo marco global, a exemplo dos instrumentos já firmados com o Banco do Brasil, Danske Bank (Alemanha), NAG (Austrália), Nordea (Península Escandinava) e Barclays África (Inglaterra), para garantir isonomia de direitos, salário e emprego.
Durante as manifestações, os diretores do Sindicato distribuiram o jornal Rede Global Bancária (editado pela Contraf-CUT, sob orientação da UNI Américas Finanças e Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul), que denuncia a utilização de práticas antissindicais contra direitos dos trabalhadores, desrespeitando normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No Itaú, que lucrou R$ 10,940 bilhões de janeiro a setembro deste ano, os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados, fim das metas abusivas e do assédio moral, e uma política inclusiva de contratação de minorias, em escala internacional.
No Santander, onde 45% dos lucros do grupo são originados na América Latina, os bancários cobram ainda respeito ao direito de liberdade sindical, negociação coletiva e fim das perseguições e discriminações.
Para o presidente do Sindicato, Jeferson Boava, “a globalização, a internacionalização do sistema financeiro, requer uma dinâmica de luta em escala global. Afinal, os problemas dos trabalhadores se reproduzem em todos os países; deixaram a esfera local, não estão circunscritos a um país, cuja economia é desenvolvida ou está em desenvolvimento. O acordo global visa direitos básicos para todos os trabalhadores bancários”.
Diante da escalada de assaltos e ataques a caixas eletrônicos, o presidente do Sindicato cobrou, durante o protesto, mais segurança nas duas instituições e mais contratações no Itaú.
A jornada foi realizada nas agências do Itaú (Costa Aguiar e Glicério) e do Santander (Barão de Itapura e Campos Sales).