Jornada por empregos e direitos começa pelo ABC

Diretores do Sindicato estão hoje nas ruas de São Bernardo esclarecendo sobre as consequências da MP 905, que retira direitos dos trabalhadores

O Sindicato dos Bancários do ABC participou, na manhã desta terça-feira, em São Bernardo, da jornada de lutas por empregos e direito, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais (Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas). Os diretores participam das atividades, que tiveram início na via Anchieta e depois se espalharam pelo centro da cidade, na rua Marechal Deodoro, onde há grande concentração bancária.

O objetivo da jornada, que prossegue até sexta-feira em cidades da Grande São Paulo e interior do Estado é dialogar com a sociedade, alertando sobre os graves impactos da Medida Provisória (MP) 905, do Programa Verde e Amarelo. Essa MP elimina direitos de todos os trabalhadores brasileiros. Em especial para a categoria bancária, abre a possibilidade de aumento da jornada, trabalho aos sábados e negociação de Participação nos Lucros e Resultados sem a mediação do Sindicato.

A MP do governo Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é na verdade uma nova reforma trabalhista, alterando mais de 40 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a redução do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o parcelamento do 13º e férias e o fim do pagamento das horas extras aos domingos, entre outras maldades. Ela taxa até desempregado para isentar os empresários de encargos trabalhistas. Durante a atividade desta terça os diretos sindicais distribuíram material informativo e realizaram atos de protestos. As mulheres também ministraram aula pública esclarecendo a população sobre o impacto da MP. “É fundamental tentar explicar para a população brasileira o que está acontecendo no Brasil e como isso afeta o trabalho e a vida de cada um, nesta e nas futuras gerações”, aponta o secretário-geral do Sindicato, Gheorge Vitti.

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