IX Congresso elege e empossa nova direção da Fetec-CUT/PR em Curitiba

Presidente da Fetec-CUT/PR, Elias Jordão, coordena mesa de abertura

Terminou neste domingo, dia 5, o IX Congresso da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-CUT-PR). O evento contou com a participação do presidente e do secretário de Finanças da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Roberto Von Der Osten (Betão).

Após a discussão da conjuntura sócio-econômica estadual e nacional, realizada na manhã de sábado, dia 4, os delegados debateram a tese-guia do Congresso, que contempla as proposições da Federação para o próximo triênio (2011 a 2014).

Já na manhã deste domingo, os representantes elegeram a nova direção, com a reeleição para presidente de Elias Jordão. “Estamos satisfeitos em continuar conduzindo a Fetec-CUT-PR no próximo período, sempre dispostos a lutar pelos trabalhadores”, discursou.

Posse

Os mandatos da nova direção tiveram início imediato, porém a solenidade de posse comemorativa acontece no dia 17, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários, em Curitiba, juntamente com a posse da recém-eleita direção do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região.

Mesa de abertura

A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Fetec-CUT-PR, Elias Jordão, pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, pelo presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, e pelos representantes das regionais de Curitiba, Otávio Dias, de Pactu, Nivalda Sguissardi Roy, e da Vida Bancária, Dulcelina Silveira de Oliveira.

“Mais do que compor a direção da Federação, nossa missão aqui é definir os rumos dos trabalhadores no ramo financeiro no Paraná e fazer o debate das estratégias para o enfrentamento dos desafios que estarão postos no próximo triênio”, disse Elias Jordão.

Conjuntura

O primeiro debate do IX Congresso da FETEC-CUT-PR foi acerca da conjuntura sócio-econômica estadual e nacional. Carlos Cordeiro iniciou a discussão com uma análise das estratégias de mobilização da categoria bancária nos últimos anos. “Em 2010, durante a greve, conseguimos paralisar mais de 8.400 agências, metade delas de bancos privados. A conscientização dos trabalhadores dessas instituições foi – e continua sendo – fundamental para os avanços da campanha salarial”, afirmou.

O presidente da Contraf-CUT também chamou a atenção dos participantes para o fato do crescimento do PIB brasileiro não estar sendo acompanhado pela distribuição igualitária de renda. “Por um lado, caminhamos para chegar à quinta maior economia do mundo, por outro, na contramão desse crescimento, o Brasil é o décimo pior país na distribuição de renda”, lembrou.

Carlos Cordeiro também pontuou o crescimento do setor financeiro, em que o lucro dos bancos aumenta cerca de 30% a cada ano. “São por esses motivos que, mais do que discutir campanha salarial, nós devemos debater desenvolvimento econômico, com emprego decente para todos”, finalizou.

O presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, afirmou que a estrutura social brasileira ainda está engessada, apesar dos avanços das classes mais baixas. “Nesse cenário, o papel da Central é influenciar no desenvolvimento social do país, buscando uma sociedade mais justa”, defendeu.

“E devemos começar participando de todos os grandes debates que estão postos, desde o Código Florestal até as Reformas Política, Tributária e da Previdência, entre outros. Precisamos de uma grande reforma do Estado, mas como faremos isso se não pudermos nos impor na correlação de forças? É importante que nos organizemos e nos mobilizemos”, conclamou.

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