Agência Reuters Brasil
Cesar Bianconi
O Itaú Unibanco ainda possui quase 1 bilhão de reais provisionados em seu balanço para as despesas de fusão dos bancos que se uniram há um ano.
Em dezembro de 2008, no mês seguinte ao anúncio de fusão de Itaú e Unibanco, a instituição financeira separou um total de 1,331 bilhão de reais de gastos estimados para unificar as operações.
Segundo o diretor-executivo de controladoria do banco, Silvio de Carvalho, apenas no terceiro trimestre as despesas para integração totalizaram 151 milhões de reais, sendo a maior parte – 116 milhões de reais – relacionada a gastos com pessoal.
Restam ainda 980 milhões de reais reservados, disse o executivo a analistas durante teleconferência, nesta quarta-feira, para comentar os resultados do Itaú Unibanco no terceiro trimestre.
Em 2010, a instituição financeira vai converter por mês cerca de 150 agências Unibanco para o modelo Itaú, marca que irá prevalecer no banco de varejo, disse Carvalho.
“Não estamos fechando nenhuma agência das duas entidades e iremos abrir novas agências. Isso vai gerar custos adicionais. Imaginamos de um lado um decréscimo (das despesas) pelas sinergias e do outro lado um acréscimo pelas novas agências.”
Segundo ele, o número total de funcionários do Itaú Unibanco deve sofrer pouca mudança além do “turnover” natural de cerca de 10 mil pessoas por ano.
Na terça-feira, contudo, o banco informou ter encerrado setembro com quase 103 mil trabalhadores, ou 6 mil a menos que no final de 2008. E Carvalho disse a analistas, nesta quarta, que o banco negociou com sindicatos um programa que implicará em uma redução de 1.100 a 1.500 empregados que deverão se aposentar nos próximos meses.