A calma que tomava conta da região central de São Paulo foi quebrada logo na parte da manhã desta quinta-feira 7. Os bancários do Itaú Unibanco, do prédio da Praça do Patriarca, não tiveram respeitado o direito de continuar a greve neste nono dia.
Segundo o dirigente sindical Antônio Alves de Souza, os policiais que estavam na redondeza chegaram e já foram arrancando as faixas e abrindo as portas. “Os bancos, para inibir seus funcionários, mandaram os policiais abrirem as agências de forma agressiva e obrigaram seus funcionários a entrar nos locais de trabalho. Tentamos impedir, mas segundo a PM era um acordo com o banco”, disse o dirigente.
Um cliente que estava próximo da agência e aguardava sua filha chegar para ajudá-lo no caixa eletrônico, ficou impressionado com a ação policial. “Achei que tivesse um assaltante dentro do banco, pelo jeito que eles chegaram e já foram arrancando as faixas e entrando. Quando fiquei sabendo o que era, fiquei mal com a situação. Eles acham que podem tudo só porque estão vestidos assim.”
Uma bancária que não trabalha na Patriarca recebeu uma ligação logo pela manhã convocando-a para vir para essa agência. “Quando me ligaram achei que fossem fazer uma reunião com a gente, como de costume. Quando cheguei aqui me escalaram para trabalhar. Estou indignada porque estou no meu direito de fazer greve e não pertenço a esse local de trabalho”, disse, indignada.