Não é a primeira vez que o Itaú quer acabar com uma das únicas possibilidades de lazer ainda oferecidas aos seus funcionários em Belo Horizonte e região.
Em 2012, em Assembleia promovida pela então diretoria do Clube CRM, vinculada à Feeb-MG (federação pelega de bancários), apoiada pelo Itaú e coordenada por Marcelo Leão, representante da fundação Itaú Clube, o Sindicato dos Bancários de BH conseguiu impedir que o banco acabasse com o patrimônio das bancárias e bancários.
Em seguida, o Sindicato garantiu a realização de novas eleições para que a gestão fosse feita pelos funcionários do Itaú.
Porém, outra chapa organizada e patrocinada pelo banco e ligada à federação pelega venceu e, já antes do término da segunda gestão, querem repetir o feito de 2012. O argumento que a atual gestão tem é que o Clube, que existe há décadas, no mesmo lugar, é inviável financeiramente.
Neste período, o Itaú já vendeu parte do terreno, o Centro de Treinamento e, agora, prepara-se para vender o que sobrou. Todavia, documentos comprovam que o patrimônio físico foi doado para os bancários e não mais pertence ao banco.
Não concordando com esta postura, o Sindicato abriu negociações com os representantes do banco e da fundação Itaú Clube, reivindicando a manutenção do clube para os funcionários.
O Itaú, porém, discordou e disse que poderia realizar uma pesquisa e escolher um ou dois clubes que receberiam parte do repasse mensal das verbas até então direcionadas ao Clube de Betim.
Sindicato consulta bancários sobre futuro do Clube
O Sindicato promoveu uma consulta para que os funcionários pudessem manifestar a sua preferência, citando clubes em BH ou nas cidades da região metropolitana, como Contagem, Sete Lagoas e Betim. Os resultados apurados foram os seguintes:
Duas situações surpreenderam. A primeira é que parte dos funcionários desejam que o Clube Recreativo Minas CRM continue disponível.
A segunda foi que os representantes do banco reclamaram da realização da consulta por parte do Sindicato. O Itaú cancelou a reunião que ocorreria no dia 27 de junho, quando seriam levados os resultados que apontavam a verdadeira vontade dos funcionários.
O Sindicato, inclusive, já entrou em contato com alguns dos clubes que os bancários indicaram (Cruzeiro, Labareda e Oásis) e eles estão de portas abertas para firmar um contrato como banco. Com as negociações canceladas, o Clube de Betim pode estar com os dias contados, já que a atual diretoria demitiu todos os funcionários e os avisos prévios terminaram no dia 30 de junho.
O Sindicato continuará insistindo para que as negociações sejam retomadas e que o Itaú garanta aos funcionários o direito de desfrutar do benefício que está sendo retirado.