Depois de cobranças do movimento sindical na mesa de
negociação, o Itaú anunciou nesta sexta-feira (5) a prorrogação do home office
dos trabalhadores até o dia 2 de setembro. Anunciado em março, por conta da
pandemia do coronavírus (Covis-19), o teletrabalho já abrange cerca de 70% dos
trabalhadores da rede e dos departamentos.
Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) os Itaú,
comemora a medida, que vai na linha das discussões entre o Comando Nacional dos
Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) , se priorizar a vida e a
saúde dos trabalhadores e seus familiares, evitando um contágio maior da categoria.
“O fundamental neste momento é proteger a saúde dos trabalhadores. Não só dentro
das agências, como também no caminho entre a casa e o local de trabalho. De
quebra, ainda garantimos a manutenção do emprego, sem mexer nos salários e nos benefícios.”
Jair lembrou também que os bancários do Itaú aprovaram o acordo de banco de
horas negativo, que garante o emprego dos trabalhadores que estão afastados,
sem trabalhar de casa. O acordo prevê ainda abono das horas devidas dos meses
de março e abril e ainda desconto de 10% nas horas devidas a partir do mês de
maio.
Pelo acordo, a reposição das horas devidas só pode se dar no mês seguinte ao
final da quarentena, por um período de 12 meses, limitado a duas horas a mais
por dia e apenas nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, a ser definido entre
o trabalhador e o gestor. Também determina que caso o bancário trabalhe em
sábados, domingos e feriados, essas horas não serão consideradas como
reposição, portanto, terão de ser pagas como horas extras.