Itaú descredencia maternidade e prejudica bancárias no Rio de Janeiro

A um mês do Dia das Mães e no fim do mês da mulher, o Itaú decidiu dar um presente amargo para as bancárias: retirou da rede hospitalar credenciada a maternidade Perinatal, com unidades na Barra e Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Desta forma, o banco prejudica centenas de gestantes, a maioria com todo o procedimento médico feito na clínica.

Em vez de credenciar uma unidade especializada, o Itaú impõe uma situação em que as grávidas só têm como opção passar para clínicas que sequer possuem unidades de tratamento intensivo (UTI).

O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Jorge Lourenço, o Jorginho, condenou o descredenciamento covarde e unilateral. “É de se lamentar que um banco que lucrou de R$ 20,242 bilhões em 2014 ter este tipo de atitude, exatamente com quem trabalhou duro para se chegar a este resultado. É um desrespeito sem tamanho”, criticou.

Para o dirigente sindical, não há motivo para o descrendenciamento, já que a Perinatal tem mais de 70 planos conveniados. “Que interesses existem, então, por trás desta decisão da Fundação Saúde Itaú, o plano de saúde dos funcionários do Itaú, e do próprio banco?”, pergunta.

Jorginho lembra que o Itaú corta custos no credenciamento, mas, ao mesmo tempo, patrocina programas de televisão, times de futebol, rally, a Seleção Brasileira, etc. “O banco mais uma vez comprova que é incapaz de pensar na categoria e seus dependentes”, avaliou.

Itaú sem palavra

Para o diretor do Sindicato, não há como entender que o banco, numa situação tão delicada quanto esta, que envolve gestantes e bebês, aja de forma tão desumana, pensando apenas no lucro. A decisão do Itaú e da Porto Seguro foi imposta em meio a uma negociação através da qual o Sindicato vinha tentando manter o credenciamento.

Além de romper os entendimentos, o banco e o plano de saúde não honraram a palavra dada de assegurar o atendimento a todas as bancárias que já se encontravam próximo ao parto. “O Sindicato vai tomar uma série de medidas – políticas e jurídicas – no sentido de reverter este descaso com quem trabalha no Itaú”, avisou Jorginho.

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