O Itaú demitiu, no último dia 4, a funcionária e diretora da Fetrafi/Nordeste e da CUT-RN, Maria da Conceição Bezerra. Trata-se de mais uma prática antissindical e uma perseguição inadmissível contra uma trabalhadora com quase 35 anos de banco.
A Contraf-CUT já reivindicou uma negociação específica com os representantes do Itaú para discutir a reintegração da empregada do banco, com a participação da Fetrafi-Nordeste, da CUT e da dirigente sindical demitida. A reunião foi solicitada ao diretor de Cultura, Gente e Relações Trabalhistas do Itaú, Marcelo Orticelli, e ao superintendente de Relações de Trabalho do Itaú, Marco Aurelio de Oliveira.
“Queremos que o banco reveja imediatamente a sua decisão injustificável e faça a reintegração da funcionária demitida”, defende Carlos Cordeiro, funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT.
Perseguição
Conceição, após o fim da sua liberação para o movimento sindical, voltou a trabalhar no banco, que começou a atribuir-lhe funções sem qualquer treinamento adequado, expondo a funcionária a riscos e até erros. “É um absurdo o que o banco faz: assedia, pressiona, mesmo sem dar condições de trabalho e treinamento”, conta a trabalhadora.
A dispensa aconteceu após a agência ter sido furtada na área de bateria de caixas. Mesmo de posse dos vídeos que provam o furto, o banco demitiu a funcionária, numa atitude de perseguição com a dirigente sindical. “Todos sabem que foi uma forma que o banco encontrou para me demitir”, denuncia.
Solidariedade
“Nós protestamos veementemente esse ataque contra a organização sindical. É um absurdo a demissão da companheira. Solicitamos o apoio de todas as entidades sindicais para prestar solidariedade à Conceição”, destaca Carlos Eduardo Bezerra, presidente da Fetrafi-Nordeste e do Sindicato dos Bancários do Ceará.
A reintegração de Conceição é uma das demandas dos bancários do Ceará no dia nacional de luta no Itaú, que acontece nesta quinta-feira (18). “Estamos na defesa dos nossos trabalhadores, dos nossos dirigentes sindicais, porque o que o Itaú está querendo fazer é nos desmobilizar”, completa Carlos Eduardo.