Os mais de 700 trabalhadores do banco brasileiro Itaú – que se encontravam em greve desde 23 de julho – decidiram aceitar a proposta apresentada na última terça-feira, dia 31 de julho.
Depois de árduas discussões e sucessivos encontros fracassados com a empresa, os trabalhadores decidiram aceitar uma oferta de negociação que inclui uma renda mínima para todos os funcionários no valor de 260 mil pesos, válido também para o pessoal com renda variável. Com os diferentes benefícios previstos no acordo, os funcionários receberão um aumento de 15,8% em seus rendimentos.
A gratificação legal – ponto onde se concentraram as petições sindicais de aumento real de nas remunerações – será de 20% para os trabalhadores com ganhos entre 30mil e 100 mil pesos. Este benefício se destina os funcionários com renda de até 850 mil pesos.
Foi acordado um bônus de fim de conflito de 550 mil pesos para as rendas de até 500 mil pesos; de 600 mil pesas para as rendas entre 501 mil e um milhão de pesos; e de 650 mil pesos para as rendas acima de um milhão de pesos. Também estão previstos no acordo bônus de produtividade de meio salário no primeiro ano após a negociação e de um salário no segundo e terceiro anos.
Da mesma forma, dentro dos benefícios, de definiu entregar um bônus de férias de 160 mil pesos para cada trabalhador e um bônus de Natal de 6 UF para as rendas de até 650mil pesos. Para os trabalhadores cujas rendas superam esse valor, se entregarão 3 UF. Haverá também um bônus de Festas Pátrias de 4 UF.
Histórico
O acordo foi fruto de árduas negociações e foi referendado por uma votação de todos os trabalhadores do banco. O Itaú chegou ao mercado chileno ao adquirir as operações do Bank Boston no país. Em poucos meses, o banco brasileiro viu formar-se um sindicato e enfrentou uma greve. A negociação coletiva significou a primeira melhoria nas remunerações dos funcionários chilenos do banco em 17 anos.