(São Paulo) O banco Itaú apresentou nesta terça-feira, dia 14, uma proposta de reajuste para o Plano de Saúde dos bancários. Segundo o projeto da direção, o aumento varia de 3,5% a 14,67% para o pessoal da ativa. Para os aposentados e agregados, a correção seria de 8,5%. A justificativa do Itaú para o aumento é a inflação médica, que encareceu o Plano de Saúde.
“O banco quer repassar esse custo para os bancários. Nos apresentaram uma série de dados para explicar o reajuste, mas deixamos claro que os números não justificam a correção. Nosso acordo coletivo já prevê um aumento de 3,5% no Plano de Saúde e este índice já foi aplicado. Pedimos mais detalhes e o banco se comprometeu a nos apresentar na próxima reunião, que ainda não foi marcada, mas precisa ser em breve. Não vamos aceitar aumentos abusivos, que prejudiquem o bancário”, afirmou Adriana Magalhães, diretora do Sindicato de São Paulo e integrante do Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (Caps), órgão paritário que reuniu-se nesta terça, quando foi anunciado o reajuste.
Os representantes dos trabalhadores no Caps também cobraram do Itaú a apresentação dos resultados da pesquisa de satisfação do Plano, realizada em outubro com os funcionários.
“Deixamos claro nossa insatisfação com a pesquisa. Ela não foi realizada no momento adequado, estávamos em Campanha Nacional e muitos bancários não responderam. A pesquisa foi aplicada para 18 mil funcionários num quadro de 45 mil”, explica Adriana. O banco ficou de apresentar o resultado no começo de dezembro.
Outro ponto debatido na reunião foi o problema do credenciamento. A rede de atendimento do Plano de Saúde tem deixado a desejar, pois em muitos locais falta opção para os bancários. “Reclamamos da rede de credenciamento e retomamos a nossa proposta de que, nos locais onde houver problemas de atendimento, os bancários utilizem outros médicos e clinicas e sejam reembolsados integralmente dos custos”, detalhou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do Itaú.
Segundo Cordeiro, a Contraf-CUT também reivindicou mais sessões de psicoterapia e fonoaudiologia, que hoje são limitadas em doze. “Esse número não tem sido suficiente em muitos casos e reivindicamos mais sessões. O banco diz que já tem liberado sessões extras, então pedimos aos sindicatos que fiscalizem se isso realmente vem ocorrendo”, finalizou Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT