Ita£: Contraf cobra melhorias no plano de sa£de

(São Paulo) Ocorreu nesta terça, dia 8, no CEIC, reunião do Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde, ampliada para a participação da COE Itaú da Contraf-CUT.

 

O banco apresentou uma pesquisa interna de satisfação em relação ao plano de saúde. O plano médico recebeu uma nota média de 7,4 dos funcionários, enquanto o plano odontológico ficou com 6,8. “A própria pesquisa já mostra que há muito a ser melhorado, em especial no plano odontológico”, avalia Adma Gomes, diretora do Sindicato dos Bancários do ABC.

 

A avaliação do movimento sindical é que há uma insatisfação muito grande entre os funcionários em relação ao plano de saúde, principalmente no que diz respeito à rede credenciada e ao custeio do plano. Os sindicalistas solicitaram ao banco uma apresentação dos dados segmentada por operadora. “Estas informações detalhadas vão nos mostrar a satisfação na capital e no interior”, avalia Adma. Foi cobrado novamente do banco um estudo de projeção de valores para desvincular o plano odontológico do plano médico, reivindicação antiga dos funcionários. Foi cobrado também os números de utilização do plano odontológico em cada estado.

 

Outro ponto que desagrada aos funcionários é o reembolso. A meta do banco é devolver o dinheiro gasto com consultas e outros procedimentos aos funcionários em 15 dias. No entanto, o trâmite não dura menos de 30 dias. “Esperamos que o banco solucione de imediato o procedimento de reembolso para os funcionários”, avalia Mauri Souza, diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas.

 

Outra cobrança foi sobre a abrangência nacional do plano. O Itaú havia se comprometido com o movimento sindical a garantir esse alcance desde 2003 e até agora não cumpriu o acordo. O banco apresentou uma proposta muito tímida para resolver o problema, com uma meta de credenciar hospitais em 120 cidades do Brasil (capitais e cidades turísticas) para prestar atendimento. Até o momento, menos de 30 cidades contam com esse credenciamento. Fora isso, o banco aponta como solução o atendimento através de reembolso ou o fornecimento de transporte para um local apropriado. “Queremos o compromisso efetivo do Itaú de fazer uma rede nacional de atendimento ao bancário. É o mínimo de respeito que um banco dessa proporção pode ter para com os seus funcionários”, avalia Carlos Cordeiro, secretário geral da Contraf-CUT.

 

Os sindicalistas insistiram na ampliação do número de consultas de psicoterapia de 12 para 48 por ano. Além disso, cobraram a inclusão de RPG (Reeducação Postural Global) no Plano de Saúde enquanto regra. Hoje, para utilizar esse tipo de tratamento o bancário tem que passar por uma série de procedimentos e avaliações.

 

Um ponto positivo foi a sinalização favorável do Itaú à criação de uma cláusula que trate da inclusão de parceiros e parceiras do mesmo sexo no plano de saúde, política que, na prática, o banco já está implementando.

 

A situação do Plano de saúde dos aposentados também foi abordada. Na próxima reunião (marcada para o dia 5 de junho, às 9h.), será discutida a criação de um grupo de trabalho para debater a situação dos aposentados por tempo de serviço e por invalidez. Uma série de informações foram solicitadas ao banco para embasar melhor esta discussão.

 

Na próxima reunião, a questão do custeio do plano será aprofundada. Um dos pontos será a discussão de formas de contribuição dos funcionários (através de porcentagem no salário, redução ou eliminação do fator moderador etc). “Ao invés do banco subsidiar os altos salários, é preciso tornar o plano de saúde mais barato e mais eficiente para todos os funcionários, sejam da ativa ou aposentados. Melhorias na rede de credenciamento e constituição do plano de forma nacional são obrigações para uma empresa do porte do Itaú”, sustenta Carlos Cordeiro.

 

Lucro

 

O Itaú atingiu um lucro de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre, o resultado mais alto para um banco privado em pelo menos 20 anos, segundo dados da consultoria Economatica. O número bate o recorde alcançado ontem pelo Bradesco, que teve ganhos de R$ 1,7 bilhão no período. O lucro do Itaú foi 30% maior que o R$ 1,46 bilhão registrado no primeiro trimestre do ano passado.

 

BankBoston

 

O movimento sindical cobrou novamente uma posição do banco Itaú sobre o fundo de pensão dos funcionários do Boston (Itaubank). Os representantes dos trabalhadores reafirmaram sua discordância em alocar o referido fundo no Itaú Fundo de Pensão Multipatrocinado.

 

Foi entregue uma lista com o nome dos funcionários demitidos em Brasília, originários do BankBoston. “O compromisso do Itaú era de que não haveria demissões entre esses quadros. Esperamos uma revisão destas demissões e o fim deste procedimento por aprte do banco”, cobra Jair Gomes, diretor da Fetec Centro-Norte

 

Fonte: Contraf-CUT, com Uol Economia

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