IPO de unidade do Santander no Brasil pode superar US$5,6 bilhões

Agência Reuters
Elzio Barreto e Phil Wahba
São Paulo/Nova York

A unidade brasileira do Santander encaminhou pedido na quinta-feira, dia 3, para oferta pública inicial de ações no Brasil e nos Estados Unidos, no que pode ser um dos maiores IPOs do ano.

Em julho, o Santander informou que iria vender cerca de 15 por cento da unidade brasileira via emissão de ações, sugerindo que a oferta inicial de ações poderia chegar a cerca de 5,6 bilhões de dólares, baseado no atual valor de mercado do Santander no Brasil, de cerca de 37 bilhões de dólares.

Uma operação desse tamanho ficaria entre os maiores IPOs de 2009 no mundo e seria a maior dos Estados Unidos desde a oferta de 19,6 bilhões de dólares realizada pela Visa Inc em março de 2008.

O pedido encaminhado pelo Banco Santander SA junto à Securities and Exchange Comission na quinta-feira indicava que o banco estava buscando levantar até 200 milhões de dólares, mas esse valor é quase que certamente um número provisório até que a instituição encaminhe um prospecto atualizado que incluirá termos como número de ações a serem vendidas e uma estimativa de preço.

Uma porta-voz do Santander no Brasil afirmou que o banco não comentaria a transação porque está em período de silêncio antes da oferta.

Outros grandes IPOs do ano incluíram a oferta de 7,3 bilhões de dólares em julho pelo China Construction Engineering e a de 4,3 bilhões de dólares da VisaNet.

O pedido de oferta do Santander é de venda de units, cada uma representando 55 ações ordinárias e 50 ações preferenciais, segundo o registro. As units serão negociadas na Bovespa sob o símbolo SANB11.SA.

O documento não indicou quando a oferta será realizada.
O Santander é o terceiro maior banco privado do Brasil, com 10,2 por cento de participação de mercado em ativos até 31 de março deste ano, segundo o prospecto inicial.

Nos seis meses encerrados em junho, a unidade brasileira do banco espanhol representou mais de 20 por cento do lucro líquido do grupo e 53 por cento do ganho na América Latina.

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