Intransigˆncia da Fenaban fortaleceu o Dia Nacional de Luta

(São Paulo) A quarta rodada de negociação prevista para esta terça-feira, dia 5, não foi confirmada pela Fenaban e gerou um impasse na Campanha Nacional 2006, já que os banqueiros ficaram de apresentar neste próximo encontro uma proposta econômica. Com a intransigência dos patrões, os bancários saíram às ruas em todo o Brasil e protestaram nesta segunda-feira, com paralisações e manifestações.

 

“Foi mais um Dia Nacional de Lutas para forçar a Fenaban a negociar com seriedade. Já vai completar um mês que os banqueiros estão com a nossa pauta de reivindicações, tempo suficiente para analisá-la e nos dar respostas. Este Dia de Luta foi muito positivo, porque mostrou que nós estamos mobilizados e vamos lutar por nossa minuta”, avalia Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

 

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o aumento real de salário (a proposta é de 7,05% além da inflação do período), a PLR com distribuição linear de 5% do lucro líquido, mais um salário acrescido de R$ 1.500, isonomia de direitos, garantia de emprego, fim do assédio moral e das metas abusivas.

 

Veja os destaques do Dia de Lutas nas regiões:

 

NORTE

No Acre, foi com bom humor que os bancários protestaram contra o desrespeito dos banqueiros com os trabalhadores. O ato foi coordenado pelo Sindicato dos Bancários do Acre e reforçado pela Companhia do Palhaço Rufino, com distribuição de banana e pirulitos aos bancários e clientes de nove agências bancárias do centro de Rio Branco, num gesto de menosprezo dos banqueiros com os correntistas e bancários. Mesmo com as agências lotadas, o ato público chegou a arrancar aplausos e sorrisos de populares e clientes.

 

Os trabalhadores do Pará e Amapá fizeram manifestação nas agências dos bancos da 15 de Novembro (região central). Carro de som e entrega de material impresso chamaram a atenção dos demais bancários e clientes do Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Sudameris e Unibanco. Nesta terça, haverá mais mobilizações nas ruas, com trio elétrico.

 

NORDESTE

Em Teresina, os trabalhadores filiados ao Sindicato dos Bancários do Piauí fizeram manifestações internas, durante o horário de atendimento ao público, de 10h às 12h, no corredor financeiro da capital, localizado na Rua Álvaro Mendes, começando pelo Bradesco. Os bancários percorreram o Sudameris, HSBC, Real Unibanco, Banespa e Banco do Brasil.

 

Os bancários de Cariri também participaram do Dia de Luta, com atividades e distribuição do Jornal do Cliente.

 

CENTRO-OESTE

Das 11h às 13h, houve movimentação em frente ao banco Bradesco, na Barão de Melgaço (região central de Cuiabá), coordenada pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso.

 

Em Dourados, o Sindicato parou a agencia Urbana do Bradesco o dia todo.

 

SUDESTE

Em São Paulo, a avenida Paulista, centro financeiro da cidade, amanheceu em protesto. Cerca de 3.500 bancários participam. Houve paralisação nos prédios administrativos do Safra e do Banco do Brasil e em 25 agências do Bradesco, Itaú e Unibanco, teveram a abertura retardada até o meio-dia. O ato seguiu com tranqüilidade e não houve registro de violência policial contra os trabalhadores.

 

No região do ABC paulista, funcionários de pelo menos 50 agências das principais cidades se mobilizaram, com apoio do o Sindicato dos Bancários do Grande ABC.

 

A partir das 11h, os trabalhadores do centro financeiro de Santos foi cenário de manifestações em unidades bancárias, com aparelhagem de som, entrega de informativo à categoria, apresentações de artistas circenses e discursos dentro das unidades.

 

No Rio de Janeiro, paralisação de duas horas em todas as agências bancárias de Copacabana (total de 70 agências) com carro de som e falação sobre a Campanha e com distribuição de material de mídia.

 

No interior, teve mobilização e protesto da categoria com apoio do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes, onde duas agências do Banco do Brasil pararam por 2h. A atividade contou com apoio da população (clientes e usuários) bem como de todos os funcionários do Banco. As agências paralisadas iniciaram o atendimento ao público a partir das 12h.

 

Na Baixa Fluminense, houve paralisação de uma hora no Bradescão de Duque de Caxias, panfletagem e distribuição de bananas. Em Macaé, paralisação de um hora no banco Mercantil e em um agência do Itaú. Em Niterói, manifestação de 9h às 14 horas em frente ao banco Itaú da Gavião Peixoto, em Icaraí. Houve ainda manifestação em todas as agências bancárias de Barra Mansa, Teresópolis e Itaperuna.

 

Em Minas Gerais, foi em Juiz de Fora onde ocorreram as manifestações em frente às agências do Bradesco e do Unibanco, do Calçadão da Halfeld (região central), a partir das 10h30. A falta de segurança a clientes, usuários e funcionários foi o tema mais discutido, por isso foram escolhidas estas agências, que não possuem porta giratória. Lembrando do episódio do dia 6 de maio deste ano, quando uma bomba explodiu no interior da agência do Unibanco, do Calçadão da Halfeld, causando pânico entre clientes e funcionários. O artefato teria sido colocado na lateral da mesa de um gerente, localizada no fundo da agência. Duas pessoas ficaram feridas e o local foi cercado pela Polícia Militar. Em Divinópolis, todos os bancos tiveram protestos, com entrega de revistas aos bancários e o Jornal do Cliente. A manifestação continua nesta terça.

 

SUL

O Seeb Blumenau paralisou hoje até as 12 horas, as três principais agências dos Bancos Itaú, Bradesco e Abn Amro Real.

 

Em Florianópolis, o protesto ocorreu na frente às unidades do Bradesco, Itaú e ABN/Real no centro da cidade. As agências ficaram fechadas por duas horas. Nesta terça, as manifestações continuarão fechando outras agências bancárias. Durante as atividades de hoje, o Seeb Florianópolis distribuiu o Jornal do Cliente, elaborado pela Contraf-CUT, e conscientizou os clientes sobre a realidade dos bancos.

Em Porto Alegre os bancários paralisaram até o meio-dia as agências bancárias da avenida Azenha. No interior do Estado, além de paralisações, houve distribuição de panfletos, performances teatrais e manifestações em frente às agências.

 

Os bancários de Curitiba realizaram paralisações no bairro Pinheirinho. Agências dos bancos Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco, HSBC e ABN Amro Real permaneceram fechadas até às 11 horas. Em paralelo ao atraso no horário de abertura das agências, os bancários distribuíram o Jornal do Cliente.

 

O Sindicato de Londrina paralisou até ao meio-dia as atividades em agências do HSBC, Bradesco, Mercantil do Brasil, Santander Banespa e Caixa. Em Apucarana, diretores Sindicato retardaram a abertura do ABN-Real. O Sindicato dos Bancários de Toledo e Região realizou panfletagem em frente aos bancos do Brasil e HSBC. As manifestações dos clientes foram positivas, apoiando a Campanha.

 

Fonte: Contraf-CUT

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram