A taxa de inadimplência dos brasileiros registrou a maior queda em fevereiro desde 2004. Neste segundo mês do ano, a taxa caiu 3,1% frente a janeiro. Frente a fevereiro de 2009, a queda foi um pouco menor, de 2,2%.
De acordo com os técnicos da Serasa, a queda foi decorrente do recuo de 4,6% na inadimplência nos cartões de crédito e financeiras, que contribuiu com 1,5 ponto percentual no declínio de 3,1% registrado pelo indicador.
Os dados fazem parte do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado nesta terça-feira (9).
Confiança
Considerando o acumulado do ano – primeiro bimestre de 2010 em comparação com o mesmo período do ano anterior -, a inadimplência caiu 5,3%, representando o maior percentual de queda nessa relação, desde 2000.
Segundo a entidade, esse resultado positivo é em decorrência da comparação entre duas conjunturas econômicas distintas: a atual com forte crescimento da economia, aumento do emprego e evolução da renda, e a do início de 2009, com um dos momentos mais críticos da crise, com a inadimplência em alta.
Ainda de acordo com os economistas da Serasa Experian, a perspectiva é de que a inadimplência do consumidor continue em queda por, pelo menos, todo o primeiro semestre de 2010, coerente com o bom cenário econômico, a geração de empregos e a evolução da renda.
Tipos de dívidas
Analisando fevereiro, as dívidas com os bancos permaneceram em primeiro lugar no ranking de representatividade: a participação desta categoria foi de 48,1% do total de vencimentos não pagos. No mesmo período de 2009, este percentual era de 43,4%.
Já os débitos com cartões de crédito e financeiras ficaram com a segunda posição e 32,9% de participação – menor do que os 37% registrados no ano de 2009.
Cheques sem fundos e protestos
Os cheques sem fundos, por sua vez, ficaram em terceiro lugar na representatividade das dívidas, com 16,9% do total, índice menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior (+17,7%).
Por último, e com menor impacto no indicador no período analisado, aparecem os títulos protestados, cuja proporção foi de 2,1%, maior frente ao mesmo período de 2009, quando o percentual registrado foi de 1,9%.