O Índice do Custo de Vida (ICV) no município de São Paulo teve alta de 0,14% em julho, uma aceleração de 0,12 ponto em relação ao resultado de junho, que havia sido de 0,02%, de acordo com os dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No acumulado dos sete primeiros meses de 2010, o ICV subiu 3,36%. Nos 12 meses encerrados em julho, a variação é positiva em 5,21%.
No mês de julho, as maiores pressões de alta vieram dos grupos de Saúde (1,03%), puxada pelos aumentos dos seguros e convênios médicos, e Habitação (0,85%), que refletiu a alta nos aluguéis e da mão de obra na construção civil.
As retrações mais significativas ocorreram nos grupos de Alimentação (-0,77%), Vestuário (-0,62%) e Equipamento Doméstico (-0,49%). Entre os destaques, houve queda nos preços dos alimentos in natura – especialmente legumes – e industrializados, nas roupas e nos eletromésticos.
O Dieese também divide a população em três estratos sociais, os quais obedecem a critérios de renda. Por essa divisão, as famílias de maior poder aquisitivo da cidade (com renda média de R$ 2.792,90) perceberam inflação de 0,21% em seus itens de consumo. As famílias mais pobres (renda média de R$ 377,49) sentiram deflação de 0,01% e as do estrato intermediário (renda média de R$ 934,17) observaram em julho inflação de 0,05%.
As diferenças entre as taxas resultam da maneira como as diversas famílias paulistanas distribuem seus gastos. Em julho, os maiores reajustes ocorreram em itens consumidos pelos mais ricos (como convênios médicos) e, na outra ponta, as retrações mais acentuadas foram de produtos mais importantes no orçamento dos mais pobres (como alimentos).