O Papai Noel do Mal se associou ao Coelhinho da Páscoa para entregar presentes de grego aos funcionários do HSBC. Na última quarta-feira foram anunciadas demissões na base de sete sindicatos filiados e fechamento de agências na área de atuação de cinco entidades. Foram 71 demissões nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com encerramento das atividades de 14 agências, segundo informações obtidas até o fechamento desta edição.
Muitos demitidos estavam prestes a entrar no período de estabilidade pré-aposentadoria. Empregados com todos os cargos foram atingidos, até mesmo gerentes titulares de agências.
Em teleconferência, executivos do banco informaram que as mudanças não são relacionadas à crise financeira internacional. E nem podiam usar a turbulência na economia para justificar os cortes, já que o lucro do banco no Brasil cresceu 9% no último ano, chegando a R$ 1,35 bilhão. O fechamento de duas agências recebeu justificativa: São Gonçalo, em função da perda da conta da prefeitura, e Belford Roxo que, segundo o banco, seria um local de alto risco, obrigando a empresa a contratar seguranças para proteção de um empregado que sofreu ameaça de sequestro. Na mesma ocasião, foi anunciada a abertura de três novas unidades, em Duque de Caxias, Gávea e Leblon.
Protestos
O Sindicato da Baixada Fluminense, onde houve o maior número de demissões, paralisou as atividades das duas maiores agências do HSBC em sua base nesta quinta-feira (19). As unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu ficaram fechadas durante todo o dia. Das cinco agências que tiveram o encerramento confirmado na base da entidade, a de Magé já encerrou as atividades.
Em Teresópolis, o Sindicato fez manifestação hoje, dia 20/03, em frente à agência do HSBC, com a diretoria da entidade na porta do banco, distribuindo carta aberta para todos os clientes e funcionários.
Em três Rios, também houve hoje paralisação por 1h da agência do HSBC com a utilização de carro de som.