HSBC negocia aquisição de parte do banco alemão WestLB

A subsidiária alemã do HSBC disse estar em conversas “construtivas” com o WestLB sobre uma possível aquisição de partes do “Landesbank” alemão, em dificuldades.

O interesse do HSBC está, provavelmente, focado principalmente nas operações do WestLB envolvendo financiamento a empresas, ao buscar ampliar laços lucrativos com algumas das maiores companhias alemãs.

Mas outras áreas das atividades do WestLB, entre elas seus negócios de financiamento de projetos e vínculos com clientes institucionais, poderão, igualmente, ser examinados como parte das negociações. O WestLB está à venda como parte de um plano de reestruturação acordado entre seus proprietários no setor público e a Comissão Europeia, após a crise financeira.

Com isso, até o próximo ano, será reduzida drasticamente a escala do que já foi o mais ambicioso banco do setor público alemão e desovadas todas as operações indesejadas em uma subsidiária de propriedade do governo que terá suas operações encerradas.

O WestLB perdeu ? 133 milhões (US$ 192 milhões) no ano passado, mas disse que havia obtido ? 446 milhões com suas operações fundamentais, tendo faturado ? 370 milhões com financiamento empresarial e estruturado, inclusive financiamento de projetos.

As operações na área de financiamento empresarial tiveram uma receita de aproximadamente ? 352 milhões no ano passado, ou 29% da receita base do WestLB, ao passo que outros ? 403 milhões vieram de negócios financeiros especializados, como financiamento a projetos e infraestrutura.

O HSBC é representado na Alemanha pelo HSBC Trinkaus, um banco corporativo e mercantil com alguma atividade de banco de atacado, porém sem operações varejistas. O banco que, como o WestLB, tem sede em Düsseldorf, emprega 2,5 mil funcionários e tem um balanço patrimonial de ? 19 bilhões. O HSBC controla cerca de 80%.

O interesse de bancos internacionais em forjar laços com o vigoroso setor empresarial alemão manteve-se forte, apesar da crise financeira. Isso contrasta com as experiências decepcionantes que os bancos estrangeiros por vezes tinham no extremamente competitivo mercado bancário varejista alemão.

As dificuldades financeiras do WestLB e de alguns outros bancos regionais estatais alemães – denominados “landesbanken” – também poderão incentivar bancos estrangeiros a acreditar que espaços lucrativos surgirão na área de crédito a empresas.

Muitos landesbanken estão sendo obrigados a enxugar seus balanços patrimoniais, como parte de acordos firmados com a UE durante a crise financeira, em troca da aceitação de auxílio estatal.

Conversações entre o HSBC Trinkaus e o WestLB estão em andamento há algumas semanas.

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