Bancários cobraram também retomada do debate sobre acordo aditivo
Em negociação ocorrida nesta segunda-feira (11) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, o HSBC não trouxe proposta para a bancarização dos trabalhadores da Losango Promotora. O banco inglês apresentou o novo superintendente de Relações s Sindicais e Trabalhistas, Marino Roberto Rodilha. A reunião foi realizada no auditório da Confederação, no centro de São Paulo, com a participação de dirigentes sindicais de todo o país.
Os representantes do HSBC informaram que a questão da bancarização dos 1.145 funcionários do Losango está sendo discutida com a sede do banco, em Londres, e também internamente aqui no Brasil, mas ainda não há proposta concreta. Eles disseram que o banco retomará o debate logo após o final da Campanha Nacional dos Bancários 2014.
“O novo superintende afirmou que o melhor caminho é cuidar das pessoas, pois são elas que cuidam do banco e disse que vai se empenhar para construir soluções. Vamos cobrar essa nova postura, porque o que temos visto até agora é somente o persistente descaso do banco com as reivindicações dos funcionários e a busca desenfreada pelo lucro”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Os dirigentes sindicais cobraram do banco uma efetividade nas negociações permanentes, visando discutir temas como emprego e valorização dos funcionários. “Ressaltamos a necessidade de retomar as tratativas para firmar um acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários”, destaca Carlos Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.
Os representantes dos funcionários cobraram ainda a apresentação do balanço semestral do HSBC no Brasil, já que até agora apenas os resultados da holding foram divulgados. Eles aproveitaram para reivindicar uma negociação específica sobre o pagamento da PLR.
“Há mais de um ano não estamos obtendo respostas objetivas do HSBC e, por isso, deixamos muito claro hoje para o novo superintendente que exigimos transparência e seriedade nas negociações em torno das reivindicações dos funcionários, que mesmo trabalhando em condições precárias são fundamentais para atingir os resultados do banco no Brasil”, enfatiza Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.