O HSBC está tendo que lidar nesta terça-feira (8) pela primeira vez nesta greve com uma decisão judicial que vai contra seus interesses no Paraná. Ontem (7), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região conseguiu uma liminar em mandado de segurança que derruba o interdito proibitório anteriormente concedido ao banco inglês e que permite à entidade permanecer em frente às agências e centros administrativos, fazendo o convencimento da categoria. Diante da grande adesão dos bancários, a reação do HSBC tem sido vergonhosa!
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Bancários denunciaram ao Sindicato que têm recebido mensagens e ligações informando que o movimento sindical está descumprindo o interdito proibitório, que já não tem mais validade. Além disso, o HSBC está ameaçando e pressionando os funcionários a irem para as portas dos seus locais de trabalho, criando um grande constrangimento.
“Pela primeira vez na história, o HSBC experimenta o gosto amargo de uma decisão judicial contrária. E a reação do banco tem sido de confrontar o Sindicato, provocando, tumultuando e humilhando os bancários, tudo isso para tentar desqualificar o movimento grevista”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindicato.
Com os bancários coagidos nas portas das agências e centros administrativos e acompanhados de advogados e cartorários, alguns gestores estão assumindo a papel vergonhoso de obrigá-los a entrar, através do tumulto, do assédio e da agressão moral.
No Centro Administrativo HSBC Palácio Avenida, na manhã desta terça, foi o relações sindicais Gilmar Lepchak quem se sujeitou a tal função. Já na Kennedy, as agressões ficaram por conta dos heads Gilson Girardi, Adir Model, Cassius Portes e Claudinei Santos, além do gerente Roberto Silva.
“É lamentável que o HSBC prefira adotar esse tipo de postura desrespeitosa, em vez de pressionar a Fenaban a negociar seriamente com os bancários”, finaliza Otávio Dias.
Mais pressão
Outras denúncias chegaram ao Sindicato, informando que o HSBC tem direcionado seus funcionários direto para cartórios de Curitiba, exigindo que eles façam atas notariais, em que constem o relato de que foram impedidos de entrar em seus locais de trabalho.
O Sindicato esclarece que esse tipo de pedido é mais uma forma encontrada pelo banco para enfraquecer a greve, pois os relatos feitos pelos bancários aos cartorários são utilizados posteriormente pelo HSBC como prova contra o movimento sindical, para conseguir novos interditos proibitórios.