HSBC lucra R$ 250,8 milhões no primeiro semestre

Valor Econômico
Maria Christina Carvalho, de São Paulo

O HSBC Bank Brasil divulga hoje o balanço do primeiro semestre com um lucro líquido consolidado de R$ 250,8 milhões. O resultado é 67% inferior ao de R$ 769,3 milhões, registrado no primeiro semestre de 2008. Pela contabilidade internacional (IFRS), o lucro deste primeiro semestre foi de R$ 394,3 milhões, 58% menor do que o de R$ 938,7 milhões de igual período do ano passado.

O patrimônio líquido do banco fechou o semestre em R$ 5,673 bilhões (R$ 5,913 bilhões em junho de 2008). O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio ficou em 8,74% em comparação com 29,94% de junho de 2008.

A queda do lucro, disse o diretor-executivo de finanças do HSBC Bank Brasil, Álvaro Azevedo, foi causada pelo forte reforço das provisões para crédito. “Nosso conservadorismo e o quadro geral do país nos obrigou a aumentar o nível de provisões”, disse o executivo.

Azevedo lembrou também que o resultado consolidado de 2008 foi favorecido por um evento fiscal extraordinário, o reconhecimento de crédito tributário devido a PIS e Cofins recolhidos a mais de 2001 a 2008 pela seguradora do grupo.

As despesas com provisões para devedores duvidosos saltaram 88%, de R$ 866,8 milhões no primeiro semestre de 2008 para R$ 1,629 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. O saldo das provisões cresceu 55% em doze meses, de R$ 1,776 bilhão em junho de 2008 para R$ 2,752 bilhões em junho passado.

Azevedo chamou, porém, a atenção para o crescimento de 15% das receitas operacionais, de R$ 4,744 bilhões no primeiro semestre de 2008 para R$ 5,442 bilhões em igual período deste ano, em ritmo superior ao das despesas operacionais, que aumentaram 12%, de R$ 3,168 bilhões para R$ 3,508 bilhões.

O crescimento das receitas foi causado pela expansão da carteira de crédito de 5,8%, de R$ 38,303 bilhões em junho de 2008 para R$ 40,542 bilhões em junho passado. Ao contrário de outros grandes bancos, a carteira de crédito para pessoa jurídica cresceu mais do que a de pessoas físicas, 8,5% em doze meses em comparação com 3,5%. Segundo Azevedo, a demanda foi especialmente forte entre as pequenas e médias empresas. Em comparação com os R$ 42,411 bilhões da carteira no fim de dezembro, houve porém uma ligeira queda.

Ao fim do semestre, as provisões para devedores duvidosos eram equivalentes a 6,79% da carteira de crédito, acima dos 4,64% de 2008, mas não muito distante dos 7,66% de 2006 e dos 6,85% de 2005.

A expansão do crédito foi sustentada pelo aumento dos depósitos e captações, que somaram R$ 67,238 bilhões, 20,2% superior aos R$ 55,929 bilhões registrados no fim de junho de 2008. No fim do semestre, o índice da Basileia do HSBC Bank Brasil era de 13,5%.

As receitas com prestação de serviços declinaram ligeiramente para R$ 1,030 bilhão, 8,3% a menos do que a de R$ 1,123 bilhão do primeiro semestre de 2008.

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