AFP
O banco britânico HSBC é o estabelecimento estrangeiro mais exposto à dívida de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com 11,3 bilhões de euros de empréstimos no fim de 2008, segundo dados disponíveis no site da Associação dos Bancos nos Emirados (EBA).
O Credit Suisse calculou em 13 bilhões de euros a exposição dos bancos europeus à dívida de Dubai e das sociedades a eles associadas (principalmente a empresa de investimentos Dubai World e a companhia imobiliária Nakheel), segundo um estudo publicado quinta-feira após o pedido de moratória feito quarta-feira pelo emirado.
O HSBC, que está na região há muitos anos, não quis comentar seu prejuízo. Um porta-voz indicou, no entanto, um “sentimento geral da falta de clareza neste caso”.
O segundo banco mais presente nos Emirados é o Standard Chartered, um outro banco britânico, cujos empréstimos concedidos chegam a 5,1 bilhões de euros, no fim de 2008, segundo a EBA. Em seguida, vem o britânico Barclays, com 2,3 bilhões de euros em empréstimos.
O primeiro banco francês atingido é BNP Paribas, cujos empréstimos nos Emirados Árabes Unidos chegaram a 1,1 bilhão de euros no fim de 2008.
Os Emirados se apoiam em um setor bancário muito desenvolvido e os quatro estabelecimentos que emprestam na região são todos locais.
Entre eles, o Emirates NBD (National bank of Dubai) é de longe o banco mais envolvido, com 34,3 bilhões de euros de empréstimos no fim de 2008, segundo a EBA.
O NBD faz parte de quatro bancos de Dubai colocados sob vigilância negativa quinta-feira pela agência Standard and Poor’s, o que significa que pretende reduzir sua nota.
A agência justificou sua decisão pela exposição importante destes bancos no Dubai World e em sua filial imobiliária Nakheel, e está preocupada com o risco que uma moratória pode ter sobre essas instituições.