O HSBC vai investir R$ 372 milhões em novas tecnologias e na contratação de 1,5 mil gerentes de agências com o objetivo de melhorar o atendimento aos clientes, em especial das faixas premium – com renda acima de R$ 3,5 mil. O objetivo, segundo o diretor de rede de agências do HSBC, Odair Dutra, é crescer 12% no chamado “varejo seletivo”. A mudança inclui ainda a criação de três novas regionais (atualmente são quatro), entre elas uma diretoria exclusiva para o Paraná.
O escritório regional do Paraná vai receber investimentos de cerca de R$ 15 milhões, que incluem a contratação de novos funcionários e a reforma das agências. “Temos hoje cerca de 250 gerentes. Serão contratados pelo menos mais 50, para atendimento de pessoas físicas e jurídicas”, conta o novo diretor da regional, Ademir Correa.
Com a mudança, a antiga regional Sul passa a atender apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Nordeste também terá uma regional própria, não mais atendida junto com o Rio de Janeiro, e a unidade de São Paulo foi divida em duas – capital e interior.
Personalização
Segundo Dutra, os 1,5 mil gerentes antigos e os novos contratados receberam treinamento específico e passarão a ter um número 40% menor de clientes em suas carteiras, para que o atendimento possa ser mais personalizado. A equipe de gestão de patrimônio também será ampliada. Com a nova tecnologia, conta o gerente, o cliente poderá receber consultoria por videoconferência. “Sentado em frente ao gerente, o cliente vai poder conversar e tirar dúvidas diretamente com a mesa de investimentos”, explica.
O HSBC tem hoje cerca de 5,4 milhões de clientes pessoa física – sendo 311 mil no Paraná – e 358.419 pessoas jurídicas. Só neste ano, segundo o diretor, foram 500 mil novos clientes. O foco do banco está nos clientes da chamada faixa premium, mas, segundo Dutra, também estão sendo feitos investimentos para os novos clientes e aqueles de menor renda.
“Estamos acompanhando a mobilidade social no país. O Brasil é a melhor opção de investimento para o mundo, e o mercado financeiro acompanha esse crescimento. Ano a ano cresce a bancarização da população brasileira e o latino, em especial, requer muita proximidade, não só tecnologia”, avalia.
Sem cartão
Entre os investimentos em tecnologia está a criação de um sistema que permite o saque em caixas eletrônicos sem a necessidade do cartão magnético – apenas com o número do CPF. A operação vai ser autorizada por meio do celular, utilizando uma tecnologia token (que gera uma senha randômica de acesso).