Ao apresentar o relatório do trabalho da rede sindical do HSBC, a coordenadora Mariel Iglesias informou sobre uma atitude do banco na Argentina que está tirando o sono de funcionários e sindicalistas. O Banco Central do país indiciou 240 bancários num processo por fraude que foi provocado – ou facilitado – por problemas nos sistemas e métodos de operação. O sindicato dos bancários da Argentina, o La Bancaria, já havia feito denúncias da irregularidade à UNI e a vários órgãos, mas, quando o escândalo estourou, os trabalhadores foram considerados responsáveis.
Instado a prestar declarações sobre a questão, o banco se pôs no papel de vítima e jogou toda a culpa nos trabalhadores. O Banco Central Argentino, então, decidiu abrir processo contra os 240 bancários, vários diretores e o banco enquanto pessoa jurídica. As multas podem ir de 8 milhões a 80 milhões de dólares.
Mesmo depois de muita ação sindical, o HSBC não mudou sua postura quanto à situação dos bancários envolvidos no processo. “Queremos que os 240 trabalhadores sejam retirados da ação e que o banco e seus altos executivos sejam responsabilizados. Mas o banco tem se recusado a livrar os trabalhadores. Quando o CEO do banco na Argentina, Gabriel Martino, esteve no Parlamento prestando esclarecimentos sobre denúncias contra a empresa, limitou-se a apenas falar em defesa de si próprio e do banco. Perguntado sobre algumas questões, Martino invocou um princípio constitucional que lhe permite não produzir provas contra si mesmo e não deu nenhuma informação que pudesse inocentar os trabalhadores”, relata Mariel.