O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho do Itaú voltou a discutir o Programa de Readaptação, instituído pelo banco sem a participação do movimento sindical, em reunião realizada na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, nesta quinta-feira (30).
O debate girou em torno da contraproposta apresentada pelo banco em cima das propostas de mudança para o Programa de Readaptação, com a inclusão de cláusulas que garantem a proteção do trabalhador, entregue pelo movimento sindical em outubro. Wellington Trindade, representantes da Fetec-NE, pontuou o fato de o material ter sido enviado antes da reunião para avaliação dos representantes dos trabalhadores facilitou o processo negocial.
Um dos pontos mais polêmicos é sobre a realização da avaliação de performance do trabalhador. Os dirigentes sindicais questionaram o método de avaliação e por quem é feito. “A pessoa está fragilizada, mas continua sendo cobrada normalmente. Reivindicamos que, por um período pré-estabelecido, elas tenham uma avaliação diferenciada”, explicou Adma Gomes, coordenadora do GT.
Também foram discutidas as cláusulas 15 e 65 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os bancários pedem o fim da suspensão do pagamento do auxílio cesta alimentação, garantido pela cláusula 15 da CCT, quando o INSS indefere o benefício. “O banco deve manter o benefício, já que as pessoas já estão em dificuldades financeiras por conta de seus tratamentos, e não podem ter aumento de gastos com as compras de alimentos. A medida contraria a cláusula 15”, afirmou Luciana Duarte, representante da Fetrafi-MG.
Sobre a cláusula 29 da CCT, o debate continua sobre o parcelamento da dívida do funcionário quando estiver afastado.
Os trabalhadores irão enviar uma nova proposta de acordo para o banco analisar. No início do ano, haverá um novo encontro para o banco retornar as reivindicações dos trabalhadores.