O grupo de trabalho do projeto-piloto de segurança bancária, formado por dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos e por representantes dos bancos, se reúne pela primeira vez na próxima terça-feira (27), às 9h, na sede da Fenaban, em São Paulo.
O objetivo é discutir essa iniciativa pioneira, a partir do programa apresentado pelos bancos e das propostas feitas pelo Comando Nacional dos Bancários e Coletivo Nacional de Segurança Bancária, durante negociação ocorrida no último dia 7, na capital paulista.
O projeto-piloto, a ser implantado nas cidades de Recife, Olinda e Jaboatão, conforme indicação anteriormente feita pela Fenaban, foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários 2012.
Na negociação, a Fenaban apresentou o “Programa de Melhorias de Segurança Bancária no Recife”. Dentre os equipamentos previstos estão portas de segurança com detectores de metais, biombos ou divisórias em frente aos caixas e câmeras internas e externas nas agências.
Os bancos também propuseram a redução das tarifas de transferência (DOC e TED) nos caixas para o mesmo valor cobrado via internet, bem como a diminuição do limite do TED, hoje em R$ 3 mil, para R$ 2 mil e depois de alguns meses para R$ 1 mil.
Para a Contraf-CUT, esse programa traz avanços significativos, uma vez que inclui portas de segurança, biombos e câmeras. “São equipamentos de prevenção que há muito tempo vêm sendo reivindicados por bancários, vigilantes e sociedade para proteger a vida de trabalhadores e clientes”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Mas é possível e necessário avançar mais”, destacou.
Os bancários apontaram também lacunas na proposta da Fenaban. “Precisamos reforçar a segurança das fachadas, mediante a blindagem. Também é preciso incluir medidas contra sequestros, como o fim da guarda das chaves por bancários”, observou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional.
Propostas dos bancários
O presidente da Contraf-CUT apresentou durante a negociação um conjunto de propostas definidas pelo Comando e Coletivo Nacional para avançar no projeto-piloto:
– implantação do projeto-piloto em agências e postos de atendimento bancário;
– porta de segurança com detector de metais antes do autoatendimento;
– câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real fora do local controlado;
– vidros blindados nas fachadas externas;
– biombos opacos ente a fila e a bateria de caixas;
– divisórias opacas entre os caixas, inclusive os eletrônicos;
– mais funcionários nos caixas para reduzir as filas e evitar olheiros;
– isenção das tarifas de transferência de recursos (DOC, TED);
– fim da guarda das chaves pelos bancários para evitar sequestros;
– abertura e fechamento das agências e postos por empresas de segurança para combater sequestros;
– presença de vigilantes em toda jornada de trabalho dos bancários;
– guarda-volumes antes da porta de segurança para evitar constrangimento de clientes;
– abastecimento dos caixas eletrônicos no autoatendimento na parte traseira e em local fechado;
– escudo com assento para vigilantes
– local específico para estacionamento do carro-forte para abastecimento das unidades.
Expectativas
“Queremos avanços, pois os bancos possuem condições econômicas para atender as demandas da categoria e garantir um ambiente seguro e proteger a vida de trabalhadores, clientes e usuários”, salienta Cordeiro. “E, após o projeto-piloto, queremos estender as conquistas para agências e postos de atendimento de todo país”, projeta.