A 23ª edição do Grito dos Excluídos será realizada nesta quinta-feira (7) em todo o país. Com o lema “Por direitos e democracia” a atividade abordará a realidade de um Brasil em crise, com desemprego, retirada de direitos trabalhistas e que em breve enfrentará a votação da reforma da Previdência, proposta que ameaça a aposentadoria de milhões de brasileiros.
Em São Paulo, haverá o tradicional ato organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP) com apoio de entidades como a CUT São Paulo. A concentração terá início às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, ponto inicial da Avenida Paulista. A manifestação seguirá pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao Monumento às Bandeiras, ao lado do Parque do Ibirapuera.
O coordenador da CMP em São Paulo, Raimundo Bonfim explicou que neste ano a atividade evidenciará o desmonte dos direitos, bem como alertará a população sobre os parlamentares que traíram o povo brasileiro, ao apoiarem a reforma trabalhista e o arquivamento das denúncias contra Michel Temer (PMDB). “Nos últimos anos dos governos de Lula e de Dilma, superamos o desemprego, a exclusão social e a miséria. Mas, o Brasil de hoje não é mais o mesmo. Tínhamos saído do Mapa da Fome da ONU e voltamos neste triste cenário, num país de desemprego onde se agravam as desigualdades sociais”, afirmou.
O secretário de Mobilização da CUT São Paulo, João Batista Gomes, reforçou que, com a permanência de Michel Temer no poder e diante do anúncio da privatização de várias estatais, é preciso intensificar as manifestações de rua em defesa das empresas púbicas. “Nossas riquezas estão em jogo no Brasil e para completar esse desastre, Alckmin e Doria, ambos do PSBD, aplicam a mesma política no estado e na cidade de São Paulo, anunciando as privatizações dos espaços públicos. Estamos nas ruas para dizer que exigimos o respeito à nossa soberania”, afirmou o dirigente.