Grevistas distribuem café da manhã para ensinar bancos a partilhar no MT

Grevistas distribuem pães, bolos e frutas no Bradesco

Para criticar a ganância dos banqueiros, os bancários em greve realizaram nesta terça-feira (1º), em Cuiabá, um café da manhã para ensinar os bancos a partilhar. Foram divididos para a população pães, bolos e frutas em sinal de partilha para demonstrar que é possível dividir.

A ação foi realizada em frente do Bradesco Centro e destacou que mesmo lucrando bilhões, os bancos como o Bradesco preferem desvalorizar os trabalhadores e desmobilizar as greves com interditos proibitórios. A greve nacional dos bancários soma 13 dias e ganha cada vez mais força em todo país.

Em Mato Grosso, aumenta o número de municípios que fazem parte do movimento de paralisação. Balanço do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso aponta 207 agências em greve nesta segunda-feira (30). O próximo balanço será divulgado na tarde de hoje (1º). Mesmo com interdito proibitório no Bradesco de Cuiabá, os bancários não se intimidaram e foram para rua em defesa de uma campanha nacional digna.

A greve está na terceira semana e continuará até que os bancos chamem para a mesa de negociação, como afirma o presidente do SEEB-MT, José Guerra. “Estamos em uma das mais fortes greves do país. Estamos na terceira semana com 10.822 agências paradas no Brasil e os bancos é que insistem com a paralisação. Queremos negociar sim, mas queremos propostas que atendem a categoria e a população. Queremos segurança, mais contratações, fim das discriminações e assédio moral. Nossa luta não é só por salário, é por dignidade e respeito para todos”.

Interditos negados

Os bancários comemoram mais uma negativa de pedido de interdito proibitório. Em sinal de desvalorização para com os trabalhadores, o HSBC de Cuiabá entrou com pedido de interdito e recebeu um “não” como resposta. O SEEB-MT também conquistou liminar onde impede que o Itaú de toda base proíba os bancários de lutar pelos seus direitos.

O Bradesco, que insiste em não negociar, mantém as agências da capital abertas devido ao interdito proibitório, mas o Sindicato já está recorrendo. O presidente Guerra observa que apesar do Bradesco estar aberto, o banco continua com a política de discriminação de clientes que devem passar por uma triagem para entrar nas agências. “Muitas contas que podem ser pagas no banco estão sendo encaminhadas para as lotéricas e correspondentes bancários, o que demonstra que o banco não valoriza seus clientes”.

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