Greves por salário e emprego ocorrem na França após derrota eleitoral da direita

A França tem nesta terça-feira (23) um dia de greves nos transportes e nas escolas, além de manifestações em defesa do salário, emprego e aposentadoria, dois dias depois da derrota da direita nas eleições regionais.

Cinco grandes sindicatos convocaram os trabalhadores do setor público e privado em defesa “do emprego, do poder aquisitivo, das aposentadorias e das condições de trabalho”.

Centenas de manifestações devem acontecer em Paris e nas principais cidades do país.

O tráfego ferroviário foi reduzido durante a manhã, em particular nos trens regionais, mas os trens internacionais de grande velocidade (TGV) com destino a outros países funcionavam normalmente.

Na educação, os sindicatos esperam uma forte adesão à greve para protestar contra o fim de postos de trabalho, depois que o governo decidiu não substituir um de cada dois funcionários públicos que se aposentam.

Em Paris, metrô e ônibus tinham funcionamento praticamente normal, mas os trens suburbanos eram afetados.

O dia de protestos na França, que tem índice de desemprego de 10%, é o primeiro teste para o novo ministro do Trabalho, Eric Woerth, nomeado na segunda-feira pelo presidente Nicolas Sarkozy, dentro de uma reforma ministerial de caráter limitado após a derrota da direita nas urnas.

A derrota da União para um Movimento Popular (UMP) e dos aliados de centro nas eleições regionais, última votação antes da eleição presidencial de 2012, obrigou Sarkozy a realizar mudanças ministeriais, consideradas mínimas, no entanto.

Nas regionais de 14 e 21 de março, a esquerda venceu em 23 das 26 regiões francesas com 54% dos votos, contra 35% para a direita.

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