O Sindicato realizou ato em frente à agência do Itaú da avenida João Pinheiro
Bancárias e bancários da base de Belo Horizonte e região seguem mostrando sua força no quarto dia de greve. Sem uma proposta digna dos banqueiros que atenda as reivindicações da categoria, o movimento continua crescendo em todo o País. Nesta sexta-feira, 9, em Belo Horizonte, foram paralisadas as atividades de 46% das unidades de trabalho.
Desta vez, o Sindicato realizou ato em frente à agência do Itaú localizada na avenida João Pinheiro, 195. Mais uma vez, a Cia dos Aflitos apresentou seu esquete teatral que chamou a atenção de todos para os problemas vividos diariamente pelos bancários nas unidades de trabalho. Na terça-feira, dia 13 de outubro, bancárias e bancários realizarão ato em frente à agência do Bradesco, na rua da Bahia, 1605, no centro da capital. A concentração começa às 11h.
Até o momento a Fenaban não se dispôs a apresentar uma proposta justa para os trabalhadores. O setor que mais lucra no país ofereceu reajuste de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação, e um abono de R$ 2.500. O abono, além de não se incorporar aos salários e não ter efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria, seria pago uma só vez e seria menor que o valor apresentado devido à incidência de imposto de renda e INSS.
A categoria reivindica 16% de reajuste (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), o fim das demissões, mais funcionários nas unidades de trabalho, o fim do assédio moral e das metas abusivas, mais segurança, entre outras questões.
“O crescimento da greve deixa cada vez mais clara a indignação da categoria com o descaso dos bancos. Não aceitaremos a justificativa da crise para que sejam negados direitos aos trabalhadores bancários, já que todos sabem que o setor é o que mais lucra no Brasil. Além disso, balanços do Dieese mostram que, em 2015, setores que lucraram menos, ou mesmo nem tiveram lucro, pagaram aumento real aos trabalhadores. Contra a ganância e a exploração, seguimos em luta”, afirmou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.