Greve Nacional: um giro pelo Sul

PARANÁ

No Paraná, a truculência dos banqueiros e a violência da PM marcaram o segundo dia de greve dos bancários. Em Umuarama, dois diretores do Sindicato, Wilson de Souza e Edilson José Gabriel, foram detidos. Duas agências do banco Itaú foram abertas por meio de interdito proibitório e ação policial. Sete agências permaneceram fechadas.

 

Em Londrina, o Bradesco demonstrou mais uma vez desrespeito com os bancários. Com truculência, os policiais exigiram a abertura de uma agência no centro da cidade. Em outra, a administração utilizou a Polícia Militar, que mandou dois agentes do Serviço de Inteligência P2 (polícia secreta) para desestabilizar a comissão de esclarecimento do sindicato, além de uma guarnição que deu cobertura às pressões dos administradores. Por volta das 14 horas, os funcionários, bastante abalados, foram obrigados a entrar e abrir totalmente a agência. O Seeb Londrina já conseguiu liminares que garantem a greve no Sudameris, Itaú e ABN/Real.

 

Em Curitiba duas agências do Bradesco foram abertas por oficial de justiça acompanhada por policiais, que forçaram a entrada e abriram a agência. Durante toda a manhã, os bancários sofreram represálias e pressão policial. Até o meio dia desta sexta-feira estavam fechadas em Curitiba 168 agências bancárias.

 

No Paraná, são cerca de 260 agências. Além da capital, de Umuarama e de Londrina, cruzaram os braços os bancários de Apucarana, Campo Mourão e Cornélio Procópio.

 

SANTA CATARINA

Os bancários de Florianópolis e Região fecharam quase 100% das agências da Caixa Econômica Federal da base, 75% das agências do BB e 50% do BESC (Banco do Estado de Santa Catarina). A categoria também cruzou os braços em cinco agências de bancos privados (Bradesco, Unibanco, Safra e duas do HSBC).

 

A paralisação em Santa Catarina também está forte no interior. A greve atinge Blumenau, Chapecó, Xanxeré, Palmitos, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Criciúma, Araranguá, Concórdia, Rio do Sul e Ituporanga. Em Criciúma, o Sindicato promoveu um "piquenique" na agência central do Bradesco.

 

RIO GRANDE DO SUL

No Rio Grande do Sul a mobilização cresceu com a adesão dos funcionários do Banrisul. Em Porto Alegre, a greve segue mais forte nos bancos públicos. Praticamente 100% das agências da Caixa fecharam. No interior gaúcho, a mobilização continua firme. Além de Porto Alegre, estão parados os bancários de Bento Gonçalves, Camaquã, Cachoeira do Sul, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Horizontina, Ijuí, Lajeado, Litoral Norte, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Rio Pardo, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santiago, Santo Ângelo, São Leopoldo, São Luiz Gonzaga, Uruguaiana, Vacaria, Vale do Caí e Vale do Paranhana.

 

Em Santa Maria, o Sindicato garantiu liminar em duas ações pelo livre exercício da greve. O juiz Carlos Aparecido Zardo determinou que os bancos não adotem procedimentos que impeçam as manifestações pacíficas em frente às agências. A Justiça também reforça que os bancos não podem constranger de maneira alguma os funcionários para furarem a greve. O descumprimento acarretará uma multa de R$ 20 mil por infração.

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