Greve nacional mantém força em Rondônia com silêncio dos bancos

A greve nacional dos bancários em Rondônia continua forte, assim como ocorre em todo o país. A adesão expressiva dos trabalhadores que, na segunda-feira, 14º dia da paralisação, fecharam 97 das 110 agências existentes no Estado.

“A população tem que entender que a greve é culpa pura e simplesmente dos banqueiros, que insistem em se manter em silêncio mesmo com o caos gerado com a paralisação do sistema financeiro em todo o país e, consequentemente, com os transtornos sofridos pela população”, afirma José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários de Rondônia (Seeb/RO).

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, está reunido nesta terça-feira, dia 11, em São Paulo, para avaliar o movimento e ampliar a pressão sobre os bancos que, através da Fenaban, se negam em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria.

“Mas, até o momento, o que podemos dizer é que a greve só existe e se mantém porque a Fenaban se calou, não quer reabrir as negociações, o que nos induz a ampliar o movimento a fim de pressioná-los para negociar e, assim, dar um fim a esta greve”, comenta José Pinheiro.

Ação civil pública

O Sindicato obteve, por meio da Justiça Trabalhista, uma decisão para inibir a ação criminosa de alguns gestores que estariam intimidando ou pressionando trabalhadores a não continuar na greve.

A decisão foi concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, que aplicará multa de R$ 10 mil, por dia, a qualquer gestor do Itaú, Bradesco, HSBC, Santander, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal que tentar, de alguma forma, impedir o direito à manifestação de greve em frente às agências e, sobretudo, ligar ou marcar reuniões com os grevistas, com a finalidade de intimidá-los a sair do movimento.

“Estamos atentos aos casos e manteremos esta vigilância a fim de impedir qualquer atividade dos bancos que visem intimidar os trabalhadores que estão em greve ou que desejam aderir ao movimento. Vamos fazer cumprir a lei”, concluiu o presidente.

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