Bancários e bancárias de todo o Pará demonstraram hoje (6), primeiro dia de greve nacional da categoria, a insatisfação com o reajuste salarial de 5,5% proposto pelos banqueiros e rejeitado em assembleia geral na semana passada.
“Já temos um balanço de mais de 60% de adesão da categoria no Pará, mas essa porcentagem pode aumentar ainda mais se cada bancário e bancária tiver a consciência da importância em aderir e fortalecer o movimento. Infelizmente ainda tem colegas que não entendem o motivo da greve, parecendo estar satisfeitos com a proposta que não repõe sequer a inflação, satisfeitos com o assédio moral, cobrança de metas, insegurança. A greve é a hora de o banco reconhecer, na prática, o nosso trabalho, mas esse reconhecimento só vem com uma paralisação forte capaz de mudar o jogo em favor da categoria”, destaca a presidenta do Sindicato no Pará, Rosalina Amorim.
Reajuste somente para altos executivos
Levantamento feito pelo portal de notícias IG (Leia aqui) mostra que a maioria dos bancos listados na BM&FBovespa – detentores de mais de 60% dos ativos do sistema financeiro brasileiro -preveem aumentar em 22,5% a remuneração fixa de seus diretores executivos.
Segundo a reportagem, o grupo de 27 instituições financeiras inclui gigantes como o Itaú, maior banco privado do país em volume de ativos, que destinará a cada executivo cerca de R$ 1,196 milhão em 2015 a título de remunerações fixas, ou R$ 984 mil líquidos de INSS patronal. Em boa parte dos casos, o reajuste previsto para supersalários é superior à inflação.