Cerca 120 mil trabalhadores de todas as categorias cruzaram os braços no Ceará na Greve Geral, do dia 28/4, segundo dados do Dieese. E participaram do ato da greve, cerca de 100 mil pessoas, que tomaram as ruas em caminhada pelo Centro de Fortaleza para dizer NÃO à Reforma da Previdência e à Reforma Trabalhista, que saiu da concentração na Praça da Bandeira e reuniu todos os manifestantes na Praça do Ferreira.
As ruas vazias da cidade desde cedo mostravam a indignação da população frente aos desmontes realizados pelo governo golpista que estão retirando direitos históricos da classe trabalhadora e precarizando as relações de trabalho.
Em vários municípios do Ceará também houve manifestações, atos públicos e paralisações em protesto contra o governo golpista e suas reformas.
A sociedade está consciente do retrocesso político que está acontecendo no país para acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas conquistados nos últimos 100 anos. Foram às ruas cidadãos e cidadãs, trabalhadores públicos e privados de todo país, de todas as categorias, centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos, etnias indígenas, movimentos religiosos, movimentos estudantis; todos numa adesão espontânea e individual, por compreenderem que não apoiar a Greve Geral é apoiar o fim dos próprios direitos, conquistas e proteção social.
“A greve geral de 28 de abril foi maior greve da história do Brasil, em todos Estados e municípios, categorias, associações etc. A greve não é só de trabalhadores, nem de entidades, a Greve Geral é do povo brasileiro, é do cidadão e da cidadã que não aceita morrer trabalhando e, enquanto está vivo, trabalhar 12 horas com almoço de 30 minutos, como propõe a ‘reforma’ trabalhista”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
E ele completa: “não vamos aceitar nenhum direito a menos. E esta deve ser a primeira de outras greves gerais que acontecerão para garantir que esse Congresso não volte às costas para o povo que o elegeu e que a democracia neste país retorne com eleições diretas e com um projeto que seja decisão do povo brasileiro”.
Pelos bancos – Cerca de dois mil bancários do Ceará aderiram à Greve Geral deste 28 de abril, dos cerca de 10 mil do estado. Houve paralisação de cerca de 110 unidades bancárias, das 562 unidades em todo o estado. Mais de 400 bancários saíram dos municípios da Região Metropolitana para participar do movimento em Fortaleza.
No Brasil, paralisaram cerca de 115 mil bancários de mais de 100 Sindicato, e 20 mil agências, numa demonstração clara de consciência do trabalhador bancário, organizados em 100 sindicatos.
Cerca 120 mil trabalhadores de todas as categorias cruzaram os braços no Ceará nesta Greve Geral, segundo levantamento do Dieese.
“A reforma trabalhista está sendo feita de forma açodado e atinge o conjunto da sociedade brasileira. Quantos empregos serão gerados aumentando a jornada para 12 horas, e quantos empregos serão gerados coma redução do almoço para 30 minutos? Nenhum. Isso a sociedade entendeu e foi pras ruas junto com as centrais sindicais para protestar contra essas reformas, que não atinge só os trabalhadores, mas toda a população”, disse Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE.