O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retomará nesta segunda-feira 11, em São Paulo, as negociações com o Banco do Brasil sobre as reivindicações específicas do funcionalismo. As negociações, que estavam paralisadas desde o dia 23 de setembro, serão realizadas após a reunião do Comando Nacional com a Fenaban.
“O BB registrou lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre de 2010, com aumento do crédito e queda da inadimplência. O resultado é quase 27% superior a igual período do ano passado. O resultado positivo do BB representa um quarto de todo o lucro líquido dos seis maiores grupos do país (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC). Não há motivo para o banco não atender as reivindicações econômicas, elevar o piso, implementar um novo PCS, mudar as regras de descomissionamento abrir novos e mais postos de trabalho e resolver questões da jornada de seis horas para todos”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
As reivindicações específicas do BB
As reivindicações específicas do BB, aprovadas pelo 21º Congresso Nacional dos Funcionários realizado entre 28 e 30 de maio, foram entregues à direção do banco no dia 20 agosto. As principais são:
– Aumento do piso do PCS e crescimento horizontal nas comissões do PCC, com incorporação anual das gratificações de função, com revisão de comissões da gerencia média.
– Fim dos descomissionamentos com base em uma única avaliação de desempenho, transferindo-se essa alçada exclusivamente para a Gepes.
– Jornada de 6 horas para todos os cargos técnicos, sem redução de salários.
– Fim da Lateralidade e dos desvios de função, com a volta das substituições para todos os cargos.
– Indenização da Gratificação Variável para os ex-funcionários do Banco Nossa Caixa e desmembramento das verbas salariais incluídas no VCPi de todos os egressos de bancos incorporados.
– Ampliação do número de caixas em todas as agências e efetivação dos substitutos.
– Fim da trava de dois anos para processos seletivos.
– Garantia da comissão e dos benefícios para os afastados por licença-saúde, para todo o período de afastamento. Com ampliação dos VCP para 12 meses.
– Eleição de representante dos funcionários para o Conselho de Administração.
– Fim das metas abusivas, das cobranças individuais e dos rankings de produtividade.
– Fim da terceirização do serviço bancário.
– Fim do correspondente bancário.
– Vincular a Ouvidoria interna ao Conselho de Administração, de forma a fortalecer sua posição no combate ao assédio moral dentro do banco.
– Ausência para acompanhar filho deficiente.
– Suspensão da reestruturação das agências.
Atualizada dia 9/10, às 14h54