A greve nacional dos bancários chegou ao seu quarto dia nesta sexta-feira (9) com 111 (das 130 existentes no Estado) fechadas, número bem superior ao quarto dia da greve no ano passado, que se encerrou com 95 unidades sem abrir as portas, o que representa uma adesão histórica para o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
Em todo o País a greve encerrou o terceiro dia com 10.369 locais de trabalho – entre agências e centros administrativos – fechados, ou seja, 1.606 postos fechados a mais se comparados ao primeiro dia de greve, terça-feira, dia 6. Os números são da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados pelos sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.
No entanto, nem mesmo esse aumento considerável de agências fechadas e mais adesão de trabalhadores foi o suficiente para sensibilizar os bancos que, até o momento, sequer se pronunciaram sobre a greve que atinge os 26 Estados da Federação e Distrito Federal.
O setor que mais lucra no país ofereceu um vergonhoso reajuste de 5,5% aos trabalhadores – o que representa perda de 4% diante da inflação – e um abono de R$ 2,5 mil que nem é este valor mesmo já que sobre ele incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria.
“Comemoramos o aumento de adesão ao movimento e o fechamento de mais agências em todo o país para fortalecer a greve. No entanto, lamentamos que nem isso seja capaz de fazer com que os bancos adotem uma postura mais diplomática e humanitária com os trabalhadores até o momento. Os lucros gigantescos e sucessivos dos bancos são frutos do suor e sangue dos bancários, e por isso reivindicamos índices e garantias que sejam justas para a categoria, como melhores salários, melhores condições de trabalho, mais saúde e segurança, fim do assédio moral e das metas abusivas. Sabemos que os bancos têm totais condições de fazer isso, mas não fazem! Por isso a greve continua e pedimos a compreensão e apoio de toda a sociedade, pois a luta é pelos bancários e também pelos clientes e usuários, que sofrem com um atendimento precário nas agências”, mencionou José Pinheiro, presidente do Sindicato.