Greve em Porto Alegre cresce no terceiro dia com 260 agências fechadas

Os bancários de Porto Alegre avançam no terceiro dia de greve e nesta quinta-feira 9/9, o número de agências fechadas voltou a crescer. Na área de abrangência do SindBancários, 260 agências ficaram fechadas.

O terceiro dia da greve nacional dos bancários voltou a demonstrar a indignação da categoria com a proposta indecente da Fenaban de reajuste abaixo da inflação e mandou um recado aos representantes dos banqueiros. Na mesa de negociação desta sexta-feira, 9/9, às 11h, em São Paulo, os bancários de Porto Alegre e Região farão uma vigília, a partir das 10h, na Praça da Alfândega, Centro de Porto Alegre.

Na tarde da quinta, na Casa dos Bancários, uma assembleia de organização decidiu também chamar assembleia para avaliação da proposta da Fenaban para as 15h da segunda-feira, 12/9, no Clube do Comércio. A disposição dos bancários é de que a Fenaban não precisará somente apresentar uma proposta superior à apresentada em 29 de agosto. Na ocasião, os bancários rejeitaram proposta de reajuste de 6,5% e abono de R$ 3.000,00 em assembleia no dia 1º/9, e foram à greve em 6 de setembro.

O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, participa, como integrante do Comando Nacional dos Bancários, da mesa de negociação com a Fenaban na manhã desta sexta, em São Paulo, e faz um alerta. “A nossa greve começou muito forte. Tivemos um volume de agências totalmente fechada muito grande. Os bancários entenderam bem que abono é um retrocesso para nós. Porque o abono não conta como salário. A categoria está indignada e quer aumento real”, avaliou o presidente.

A orientação é que os bancários participem das atividades da greve e que mantenham a disposição para resistir. Everton Gimenis contou, durante a assembleia desta quinta-feira, que há uma tendência de o setor financeiro tentar retomar a estratégia de arrocho dos anos 1990. “Estamos sob um governo que quer jogar a crise nas costas dos trabalhadores e retirar direitos. Não por acaso, os bancos usem a mesma estratégia desta década neoliberal sem aumento real e um abono para forçar a categoria a sair da greve. É hora da participação”, acrescentou o presidente do Sindicato.

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