Nesta terça-feira, 28, primeiro dia de greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal que integram as carreiras profissionais, a adesão no Espírito Santo foi de 83% dos trabalhadores que não ocupam funções de confiança. Se incluídos nos cálculos os que têm função, a greve teve adesão de 65%. O Espírito Santo tem 46 empregados nas carreiras profissionais, entre advogados, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais e médicos.
* Greve dos profissionais da CEF paralisa projetos do PAC e setor jurídico
Na avaliação do engenheiro Edilson Mendes da Silva, da Comissão Estadual de Mobilização, a greve começou forte e deve ser intensificada nesta quarta-feira, com novas adesões. “Amanhã faremos uma manifestação no térreo do Edifício Castelo Branco, onde fica a JURIR/VT, e realizaremos assembléia às 16 horas no auditório do Sindicato dos Bancários para avaliar a mobilização nacional e organizar os próximos passos”, afirmou.
Neste primeiro dia, as manifestações foram concentradas no edifício Corporate Center, na Enseada do Suá, ontem funcionam a Gidur e a SR Norte/ES, entre outras unidades da Caixa. Os trabalhadores, junto com diretores do Sindicato dos Bancários/ES, fixaram faixas na entrada do prédio e falaram em um megafone sobre as reivindicações do movimento. Vários gestores manifestaram apoio ao movimento. O secretário geral da OAB/ES, André Moreira, também esteve presente e fez um pronunciamento em favor da valorização dos profissionais.
Motivos da greve
A greve nacional dos profissionais da CEF é a resposta do segmento ao descumprimento pelo banco do compromisso assumido na Campanha Salarial 2008 da categoria bancária. A Caixa se comprometeu a implantar um novo plano de cargos e salários que unificasse as carreiras profissionais, com base em pesquisas de mercado e visando resolver distorções de jornada (hoje existem jornadas de 6 e 8 horas) e de salário. As propostas da Caixa apresentadas na mesa de negociação com os profissionais, até então, não cumprem esses objetivos e impõem restrições para a migração, exigindo, por exemplo, que os bancários da carreira profissional desistam de ações na Justiça.
O descaso da Caixa com seus funcionários provocou a paralisação de atividades importantes desenvolvidas pelo banco, como os projetos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal – e também o setor jurídico da instituição. A greve é por tempo indeterminado.