Nesta sexta-feira, 30/9, o 25º dia da greve dos bancários de Porto Alegre ganhou forte adesão da categoria. Foram 305 agências fechadas na área do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, totalizando 1.032 em todo o Estado. O Sindicato chama os bancários de sua base para participarem e decidirem os rumos da greve. Na segunda-feira, 3/10, às 17h, no Clube do Comércio, em Porto Alegre, os bancários irão debater e organizar os próximos passos do movimento.
Depois de uma nova proposta da Fenaban apresentada no início desta semana e rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários, os bancários intensificaram atos públicos em defesa de bancos em risco de privatização. Em frente à sede do Badesul, no Centro de Porto Alegre, a greve realizou um Ato de solidariedade aos trabalhadores do banco público de fomento. Durante o ato, os bancários realizaram um abraço simbólico ao Badesul e seguiram em caminhada ao Palácio Piratini.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Everton Gimenis, junto com uma comissão de diretores da Fetrafi-RS, representante dos funcionários do Badesul, foi recebido pela chefe de Gabinete da Secretaria da Casa Civil, Cristiane Zinelle Ferreira Lohmann e pelo subchefe jurídico adjunto, Diego Pacheco. Os bancários foram cobrar um posicionamento público do governo do Estado e da diretoria do Badesul de defesa em relação às notícias veiculadas a respeito de problemas em operações financeiras do banco de fomento e ao seu descredenciamento junto ao BNDES. Os representantes do governo do Estado se comprometeram em levar as demandas dos trabalhadores para a Secretaria da Casa Civil e de orientar o governo a realizar uma nota pública em defesa do banco.
“O Badesul esteve descredenciado e não vimos nenhuma manifestação pública de defesa do banco nem pelo governo do Estado e nem pela diretoria do banco. Sabemos que um banco precisa de sua imagem totalmente limpa para realizar negócios e ajudar o estado a crescer e se desenvolver. A nossa greve continua fortalecida, com adesões espontâneas dos bancários. Vamos iniciar a próxima semana com uma assembleia para discutirmos os rumos no nosso movimento”, disse o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
A Fenaban ofereceu uma nova proposta na semana passada. Manteve os 7% de reajuste no piso e nas verbas salariais (auxílios e vales) e abono de R$ 3.500. Também quer que os bancários aceitem um compromisso de, no ano que vem, aceitarem um reajuste com aumento real de 0,5%. Os bancários lutam por aumento real, compromisso dos bancos com o fim das demissões, por melhores condições de trabalho, pelo fim das metas abusivas entre outros avanços.
Assembleia de organização e de debate dos rumos da greve
Segunda-feira (3), às 17h, Clube do Comércio (Rua dos Andradas, 1.085, Centro Histórico de Porto Alegre).