A adesão dos bancários de Campinas à greve ampliou hoje (15), décimo dia da mobilização nacional da categoria, com 140 locais de trabalho fechados na área central e 20 bairros. Na Região, a greve está consolidada em 127 locais de trabalho em 32 das 36 cidades. Na soma geral, estão fechados 267 locais de trabalho (Bancos públicos e privados) na base do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. Ontem (14), a greve atingiu 252 locais, sendo 125 em Campinas e 127 na Região; no primeiro dia (6), 161 locais de trabalho fechados.
Negociação hoje
Na tarde desta quinta-feira (15) o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban retomam o processo de negociação, suspenso no último dia 13. Na rodada realizada no último dia 9 a Fenaban propôs reajuste de 7% mais abono de R$ 3,3 mil; na rodada realizada no dia 29 de agosto, antes da greve, a Fenaban propôs reajuste de 6,5% e abono de R$ 3 mil. As duas propostas foram rejeitadas pelos bancários.
Principais reivindicações
Reajuste salarial: Reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação: R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição: R$ 880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Carreira: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Segurança: Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).