A greve dos bancários entrou na terceira semana. Deflagrada no dia 6 deste mês de setembro, completou hoje (19) catorze dias e não para de crescer, ampliar. Em Campinas, 149 locais de trabalho fechados (agências e departamentos de Bancos públicos e privados instalados na área central e em 20 bairros); na Região, 136 em 33 das 36 cidades da base do Sindicato da categoria, totalizando 285 locais de trabalho fechados. Na última sexta-feira (16), décimo primeiro dia da greve, 267 locais de trabalho fechados na Região de Campinas.
Apesar de intensa, a greve ainda não ‘sensibilizou’ os banqueiros que, desde a rodada de negociação realizada no último dia 15, se mantém calados. Em outras palavras, não mudam o discurso, insistem na mesma proposta de rebaixamento salarial: 7% de reajuste e abono de R$ 3,3 mil, formalizada na primeira rodada de negociação durante a greve, realizada no dia 9, e rejeitada pelos bancários. O índice não repõe a inflação acumulada entre os meses de setembro de 2015 e agosto deste ano, que foi de 9,62%. Ou seja, perda de 2,39%. “Nas duas rodadas seguintes (dias 13 e 15) somente provocação”, destaca a presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Ana Stela Alves de Lima. Segundo ela, “a hora é de todos aqueles que sofrem assédio moral, cobrança de metas, ameaça de demissão, mudanças na vida profissional em decorrência de reestruturação e/ou incorporação e até agora não foram valorizados com proposta decente, pressionar de forma conjunta em todos os Bancos e em todo o país. Contra a intransigência dos banqueiros, unidade na luta”.
