(Recife) Surpreendente para uma paralisação de 24 horas. Assim a coordenação define o nível de adesão à greve de advertência em Pernambuco. À tarde, o Sindicato apresentou um balanço do movimento de paralisação em Pernambuco: 102 agências fechadas no estado. As manifestações ocorreram pacificamente e sem conflitos. Os clientes receberam bem a paralisação. Na capital e região metropolitana a paralisação atingiu 85 agências. O movimento é mais forte nos bancos públicos, sobretudo no Banco do Brasil, mas o corredor financeiro da Av. Conde da Boa Vista, que abriga 12 agências de oito bancos públicos e privados fechou. Setor privado foram as agências 2 do Bradesco, 02 do Itaú, 4 do Real, 1 do Sudameris, 2 HSBC e 3 do Unibanco.
No Recife, a greve de advertência atingiu 29 agências do Banco do Brasil mais 9 órgãos e departamentos não funcionaram, equivalente a 70% do total. Significa que mais de 1300 funcionários cruzaram os braços. Na região Metropolitana 12 das 17 agências fecharam, sendo 03 parcialmente, o que representa 76% dos cerca de 350 empregados sem trabalhar. A adesão na Caixa e no BNB também foi significativa. A Caixa interrompeu as atividades em 23 agências na capital e região metropolitana, sendo parcialmente em uma agência e órgão. No BNB o movimento se consolidou em duas agências, Centro Recife e CENOP, este último parcialmente. No interior, Comando de Greve contabilizou o fechamento de 15 agências.
Fora do corredor central, onde o Sindicato concentrou esforços, outras agências de bancos privados aderiram. Por exemplo, o HSBC em Olinda e o ABN Real Cais do Apolo, prédio central do antigo Bandepão. Apesar do Interdito Proibitório, que chegou ao Sindicato antes mesmo do início da greve. Lá se deu novo ato de protesto contra a extinção da Bandeprev – fundo de pensão dos funcionários oriundos do Bandepe. Na Assembléia de quarta que deliberou pela paralisação compareceram cerca de 350 bancários, sendo 222 dos bancos públicos e 89 do setor privado.
Na segunda-feira, 25, nova assembléia, às 19 horas, no Sindicato, ratifica o indicativo de greve do dia 26. A minuta está nas mãos da Fenaban – Federação Nacional dos Bancos desde o dia 10 de agosto e, até agora, em cinco rodadas de negociações, os banqueiros negaram tudo. Daí a greve.
Fonte: Sulamita Esteliam – Seec PE