A greve dos bancários começou a todo vapor na Bahia e Sergipe. Nesta terça-feira (6), primeiro dia do movimento, os trabalhadores paralisaram as atividades em mais de 80% das agências. Foram 545 unidades paralisadas na Bahia e 129 em Sergipe.
Por bancos, foram fechadas 229 agências do Banco do Brasil, 203 da Caixa, 46 do Banco do Nordeste, 90 do Bradesco, 41 do Itaú, 21 do Santander, 11 do HSBC e 29 do Banese.
Em algumas bases sindicais como Irecê, Juazeiro, Jequié e Feira de Santana a greve atingiu 100% das agências dos bancos públicos e privados.
“O resultado de hoje mostra a força do movimento e a disposição dos bancários em lutar por melhores salários, garantia de emprego e melhores condições de trabalho. A tendência é que a greve cresça ainda mais nos próximos dias com o fechamento de mais agências nas principais bases sindicais“, ressaltou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.
Com data base em 1º de setembro, os bancários reivindicam reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, além do fim da terceirização.
A categoria decidiu paralisar as atividades após a falta de avanços nas negociações com a Federação dos Bancos que ofereceu apenas 6,5% de reajuste, acrescida de abono de R$ 3.000,00.
A proposição é um desrespeito com os trabalhadores do setor mais lucrativo do país. “A proposta da Feanaban é absurda em todos os sentidos. Primeiro porque não repõe nem a inflação do período, estimada em 9,57%. Depois, por tentar resgatar a política do abono no lugar de aumento real. Como todos sabem, o abono não é incorporado ao salário, que continua perdendo o seu poder de compra ao longo dos meses. No caso deste ano, a perda seria de 2,8% logo de início, imagina de quanto seria até setembro de 2017”, acrescentou Souza.