Com mais de 96% das agências bancárias paralisadas em Londrina, a greve na região norte do Paraná não para de crescer. Em toda a base do Sindicato dos Bancários de Londrina o número de unidades fechadas já é maior do que o do pico da greve do ano passado. Ao todo, 98 das 134 agências estão paralisadas, contra 89, em 2010.
O sucesso do movimento grevista não tem sido visto apenas nas ruas. No campo jurídico, a Justiça do Trabalho tem sinalizado em suas decisões a representatividade legal da greve, reconhecendo as manifestações e indeferindo todos os pedidos de interditos proibitórios solicitados pelos bancos de Londrina.
Pela primeira vez na história, o Banco do Brasil entrou com pedido de interdito no norte pioneiro do estado. Embora negado pela Justiça, os gerentes do banco têm usado diversas práticas antissindicais contra os trabalhadores em greve. “O BB tem sido o banco da truculência. É disparado o banco que tem feito mais pressão nos bancários. Pela primeira vez isso tem acontecido no Banco do Brasil”, explicou Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato de Londrina.
Mesmo com os atos desrespeitosos à greve, os dirigentes e os representantes sindicais dos bancos públicos têm contribuído substancialmente para garantir o êxito das paralisações. “A mobilização deles têm sido fantástica. É com a participação dos bancários que estamos fazendo a maior greve dos últimos 20 anos”, garante Wanderley.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina afirma que os trabalhadores estão unidos e fortalecidos à espera de um posicionamento da Fenaban para a negociação. Ele critica a postura dos banqueiros. “O que eles estão fazendo é um desrespeito com a sociedade. A resposta que vamos dar a isso é ampliar a greve para vencer a intransigência dos banqueiros e do Governo Federal, que não tem tratado os bancários de todo o país com o respeito que merecem”.
