Nesta terça-feira (13), a adesão à greve nacional dos bancários atingiu 90,58% na base do Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb PB), um dia após a Justiça do Trabalho indeferir pedido liminar intentado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Paraíba (OAB-PB) para o restabelecimento de, no mínimo, 30% do efetivo de trabalhadores bancários nas agências e postos de atendimento conveniados com a Justiça.
Da mesma forma que agiu na greve do ano passado, a OAB-PB requereu na Justiça do Trabalho o direito ao pagamento de alvarás judicias, RPVs e precatórios, assegurando o atendimento aos advogados e demais jurisdicionados, em plena greve da categoria profissional. Em 2015, conseguimos barrar essa manobra na segunda instância. Este ano, contamos com a sensatez do Juiz Lindinaldo Silva Marinho, da 2ª Vara do Trabalho da Capital, que impediu a Ordem de atropelar a garantia constitucional assegurada aos trabalhadores bancários, através da Lei 7.783/1989 – A Lei de Greve.
“Mais uma vez a OAB-PB, que apoiou o golpe que culminou com o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, tentou enfraquecer a greve legítima e ordeira dos bancários, para satisfazer à vontade de uma parcela privilegiada da sociedade, em detrimento de um direito constitucional. Ainda bem que a Justiça nos livrou de mais essa astuta manobra, que respingaria negativamente no nosso movimento”, desabafou o Advogado Jurandi Pereira, atual secretário geral do Seeb PB.
Mobilização – Na Paraíba, a greve nacional dos bancários começou com 84,56% de adesão e atingiu o patamar de 90,58% no oitavo dia de paralisação. A greve começou mais forte na rede privada (87,50% de adesão) e agora a adesão nos bancos públicos (90,24%) se aproxima dos 91,07% de paralisação nos bancos privados.
Analisando os números da mobilização na base do Seeb PB, o presidente Marcelo Alves ressaltou a unidade da categoria como fator preponderante para o crescimento paulatino da greve. “A evolução na adesão cada vez maior à greve nacional da categoria mostra, além da unidade dos bancários em nossa base, a capacidade de luta e disposição dos bancários paraibanos em busca das reivindicações”, concluiu.