Governo quer reduzir preço das tarifas de máquinas de cartão de crédito

O governo quer reduzir o preço das tarifas de administração das máquinas de cartão de crédito e débito. Para cada compra com cartão de crédito, 4% do valor ficam com a operadora do cartão e, no caso dos cartões de refeição, 6%.

Os custos são altos e acabam sendo repassados para o consumidor, conforme reportagem na edição desta terça-feira (23) do Bom Dia Brasil, na Rede Globo.

> Clique aqui para acessar o vídeo do Bom Dia Brasil.

Assim como as tarifas bancárias, as taxas administrativas estão na mira do governo. O Congresso também está discutindo um rigor maior na fiscalização do Banco Central.

Uma coleção de maquininhas de passar cartão. Se não for assim, o empresário diz que não dá. “O fato de nem todos os cartões passarem sempre na mesma máquina nos força a ter várias maquinas, para que a gente consiga atender todos os clientes”, explica o gerente Luiz Guilherme.

No caso de bares e restaurantes ainda tem os cartões de refeição. O empresário reclama que isso gera custos, considerados altos demais. Para ter uma máquina dessas, o estabelecimento paga um aluguel que pode chegar a R$ 70 por mês. E ainda uma taxa de administração.
Sobra para o consumidor.

“Na verdade, o custo está cada vez mais alto. E a gente precisa negociar na ponta com as administradoras dos cartões e com os vales-refeição para poder também tentar baixar os preços” Rodrigo Freire, vice-presidente da Abrasel.

Segundo a Associação Nacional de Bares e Restaurantes, os pequenos estabelecimentos não têm como arcar com tantos custos. “Existe algumas casas que só aceita se for em espécie, em dinheiro, o que também é um transtorno. Eu não ando mais assim, ando mais com cartão”, afirma o empresário Eduardo Sena.

No Congresso há vários projetos para regulamentar o setor. Um deles diz que o Banco Central deve ser o responsável. Há propostas também para aumentar a concorrência entre as operadoras de cartão.

A Associação dos Bares e Restaurantes disse que vai pedir ao governo para que interfira no assunto. De 2006 a 2011 as transações com cartão de crédito aumentaram 113%, segundo dados oficiais.

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