Geração de empregos recua e Brasil cria 139.679 vagas em maio

A criação de empregos formais registrou, em maio, o pior resultado desde 2009, divulgou nesta quinta-feira (21) o Ministério do Trabalho. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 139.679 vagas com carteira assinada foram criadas no mês passado em todo o país, número 44,5% menor que o dos postos de trabalho abertos em maio de 2011 (252.067).

O resultado foi o pior registrado para o mês desde 2009, quando 131.557 vagas foram abertas. O melhor desempenho para meses de maio foi o de 2010, com 298.041 postos formais de trabalho criados.

Os setores que mais criaram empregos no mês passado foram a agropecuária, com 46.261 vagas abertas, serviços (44.587) e indústria de transformação (20.299). Na comparação por estados, São Paulo lidera, com 52,6 mil postos de trabalho abertos. Em termos percentuais, no entanto, o maior crescimento foi registrado no Acre, com 1,06% a mais de empregos com carteira assinada em maio na comparação com abril. Seis estados tiveram queda no estoque de empregos em maio: Roraima, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul.

No acumulado do ano, o país criou 877.909 empregos formais, 21% a menos que nos cinco primeiros meses do ano passado, quando 1,11 milhões vagas foram abertas em todo o país. A comparação leva em conta as declarações enviadas com atraso pelos empregadores de janeiro a abril de cada ano e desconsidera os números ajustados para meses de maio.

Os números do Caged foram divulgados no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a taxa de desemprego em maio somou 5,8%, o menor resultado do mês desde o início da série histórica, em 2002. As duas pesquisas têm metodologia diferente, o que pode explicar, em parte, os resultados divergentes.

Baseado em amostragens, o levantamento do IBGE leva em conta o emprego em seis regiões metropolitanas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. A pesquisa do Ministério do Trabalho considera a abertura e o fechamento de vagas com carteira assinada em todo o país com base em declarações enviadas pelos empregadores.

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