A economia brasileira criou 1.047.914 postos de trabalho com carteira assinada no 1º semestre de 2012, queda de 25,9% em relação ao mesmo período do ano passado (quando foram criados 1.414.660 postos), informou nesta segunda-feira (23) o Ministério do Trabalho e Emprego.
Em junho, foram criados 120.444 postos de trabalho. É o pior resultado para o mês desde 2009, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O setor que mais criou empregos nos primeiros seis meses do ano foi o de serviços, que ofereceu cerca de 469 mil postos, seguido pela construção civil, com aproximadamente 205 mil. A indústria de material de transporte, por outro lado, teve queda equivalente a 3,7 mil vagas.
Os estados com os maiores saldos de criação de empregos formais foram Santa Catarina (57,5 mil vagas), Mato Grosso (37,8 mil) e o Distrito Federal (18,4 mil). Alagoas foi o único estado com saldo negativo, 37,5 mil postos formais a menos. De acordo com o MTE, o decréscimo foi resultado da seca que atingiu o setor de cana-de-açúcar.
No acumulado de 12 meses, o Brasil gerou 1.527.299 de empregos com carteira assinada.
No governo, a avaliação é de que a oferta líquida de vagas se manterá em nível elevado em 2012, mas inferior à dinâmica observada em 2011. A indicação oficial é que o mercado de trabalho tende a apresentar desempenho melhor no segundo semestre em comparação ao primeiro devido à perspectiva de maior crescimento da economia na segunda metade do ano.
Na ata apresentada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quinta-feira (19), o Banco Central informou que a recuperação da atividade econômica doméstica vem ocorrendo de forma “bastante gradual”, mas que o cenário central sinaliza um “ritmo de atividade mais intenso neste semestre”.