Gaúchos do Santander e Real realizam plenária estadual nesta segunda

A Federação dos Bancários/RS promoverá, nesta segunda-feira, dia 11 de janeiro, uma reunião do Coletivo Estadual dos Dirigentes Sindicais do Santander/Real. O encontro será realizado na sede da Feeb/RS, a partir das 10h.

A Reunião Estadual dos Dirigentes Sindicais do Santander/Real é parte da Jornada de Lutas dos Empregados do Santander/Real, que visa informar e esclarecer os bancários sobre a proposta de Acordo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e de Acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR). A proposta apresentada pela direção do banco foi considerada insatisfatória pelo movimento sindical, que agora realiza atividades em todo o país para exercer pressão sobre a empresa.

Os dirigentes gaúchos irão avaliar as negociações que aconteceram até agora e as atividades da Jornada, bem como preparar sua participação na plenária nacional

O calendário da Jornada culminará na terça-feira, dia 12 de janeiro, quando ocorrerá em São Paulo, no Auditório Azul do Sindicato dos Bancários, a Plenária Nacional de Dirigentes Sindicais do Santander e Real.

Proposta apresenta avanços e pendências

A proposta global para o aditivo por dois anos possui avanços, como a prorrogação da licença remunerada pré-aposentadoria (“pijama”) e do abono indenizatório até 31 de agosto do ano que vem. Também foi conquistada a licença sem vencimentos de 30 dias para o bancário que vier a ter um parente de primeiro grau internado (cônjuge, pais, filhos e sogros) e a inclusão de um link para as confederações, como a Contraf-CUT, na intranet do banco para facilitar o acesso dos trabalhadores às informações sindicais.

O banco também aceitou a extensão do prêmio de dois salários para todos os funcionários que completaram 25 anos de banco até o final de 2008 (oriundos do Santander). O banco informou, no entanto, que este benefício não se estende para os trabalhadores do ex-Bandepe, que teriam recebido uma indenização no processo de fusão com o Real. Diante da alegação da falta de previsão no orçamento, o banco aceitou a proposta das entidades sindicais e disse que pagará o prêmio na forma de um salário no início de 2010 e outro no mesmo período em 2011.

Entretanto, a proposta de aditivo contém diversas pendências. O Santander não aceita garantia de emprego no processo de fusão. Entre setembro de 2008 e setembro de 2009, o banco fechou 2.301 postos de trabalho.

O banco também não quer melhorar o abono indenizatório, que é um dos incentivos para o desligamento dos trabalhadores aposentados que ainda estão na ativa, como forma de evitar demissões e abrir vagas. A unificação do valor do auxílio academia de ginástica também foi negada pelo Santander.

O banco condiciona o fechamento do aditivo à aceitação da proposta rebaixada de PPR. Por isso, as entidades sindicais aumentam a mobilização para conquistar uma proposta que atenda às expectativas dos trabalhadores.

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